sábado, 28 de abril de 2012

Mais mortes. Não chega?

Acabei de ver pela imprensa e me senti mal com a notícia de que o bebê recém-nascido desaparecido no Município de Uruará foi encontrado morto, largado em um poço. O caso estava sendo tratado como um sequestro, havendo a suspeita de que um casal teria subtraído a criança.
Subtração de uma criança, na grande maioria dos casos, destina-se a que o próprio sequestrador a crie como filho (é o mais comum quando se trata de mulher cometendo o crime e agindo sozinha) ou à venda, porque existe muita gente que se presta a comprar os filhos alheios. Assim, haveria uma grande chance de esse bebê crescer e até ser feliz em algum lugar, ainda que violentado em seu direito de ser quem realmente é. Mas diante da ação policial e midiática, os sequestradores se sentiram acuados e mataram o infante. Um desfecho trágico, muito pior do que a alternativa.
Não faço críticas à polícia nem à imprensa, neste caso. Do pouco que sei, penso que agiram dentro da rotina. Sabemos que a ampla divulgação do sequestro é, em geral, o meio mais eficaz de conseguir recuperar a criança. Não são poucos os casos de pessoas que, cientes de que não poderão explicar de onde surgiu a criança que carregam, desistem dela e a abandonam em algum lugar, permitindo o retorno às famílias. Houve casos de mulheres que contaram estórias fantasiosas aos vizinhos e acabaram delatadas. Em suma, a divulgação precisava ser feita, sendo deplorável que os agentes não tenham vislumbrado outra conduta que não a pior.
Espero que sejam identificados e punidos como devem. O sofrimento que provocaram à família vem acompanhado de comoção geral. Tudo muito horrível.

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Dá para piorar? .

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