Jovem foi vendida pelo padrasto por cerca de R$ 6 mil a um saudita; órgãos pedem punição também para a família dela
Uma criança de oito anos morreu no último sábado (07/09) no Iêmen após a lua de mel com o marido de 40 anos, informaram nesta segunda-feira (09/09) as agências dpa e AFP. Segundo os médicos, a menina morreu com ferimentos internos no útero.
A jovem, chamada Rawan, foi vendida pelo padrasto para um saudita por cerca de R$ 6 mil, segundo o jornal alemão Der Tagesspiegel. A morte aconteceu na área tribal de Hardh, na fronteira com a Arábia Saudita.
Ativistas de direitos humanos pressionam para que o saudita e a família da menina sejam responsabilizados pela morte. “Após este caso horrível, repetimos nossa exigência para uma lei que restrinja o casamento para maiores de 18 anos”, afirmou um membro do Centro Iemenita de Direitos Humanos para a dpa.
Em 2010, outra garota de 13 anos já havia morrido com sangramentos internos cinco dias após o casamento (forçado), de acordo com outra organização de direitos humanos que atua na região.
Há quatro anos, uma lei tentou colocar a idade mínima de 17 anos para o casamento. No entanto, ela foi rejeitada por parlamentares conservadores, que a classificaram de “não islâmica”.
O número IV, aposto ao título desta postagem, indica que acabei por transformá-lo em uma série do blog. Refere-se a notícias particularmente trágicas sobre absurdos impostos às mulheres em algum lugar do mundo, como consequência de uma mentalidade tão anacrônica quanto viva e ativa de que as mulheres pertencem aos homens.
Aproveitando o ensejo, consumo uma iniciativa da madrugada passada, que tomei ao perceber que, volta e meia, tratava sobre abusos contra as mulheres: criei um novo marcador, "mulheres", para reunir um conjunto de textos tristes, nada edificantes, mas úteis a uma reflexão sobre o quanto os seres humanos ainda precisam melhorar e, em especial, nós, homens.
O novo marcador já surge com 18 postagens. E isso porque não tive tempo de fazer uma garimpagem melhor. Usem-no para ver as postagens antigas e saber como as coisas ainda estão muito erradas por aí. E por aqui. Você não ficará feliz, mas o conhecimento é necessário.
3 comentários:
Pois é, Yúdice, realmente, felicidade é algo que passa muuuuuuuuuuito longe dessa horrível realidade.
Estou aqui, digitando com lágrimas caindo no meu teclado...
Incompreensível a aceitação de tamanha crueldade.
Fico feliz, ao menos, de te ver por aqui de novo. Quanto ao mundo, precisa de quem o modifique positivamente.
Que bom que estais fazendo estes posts. Em tempos como estes, em que a miséria humana vem se tornando cada vez mais banalizada, veículos de informação devem servir para a reflexão e mudança de consciência e não o que vemos diariamente nas páginas dos jornais onde se consome noticia demais e informação de menos. abraços
Anna Lins
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