Dona Jacimar Oliveira de Andrade deixou Óbidos, sua cidade natal, há mais de quatro décadas. Retornou uma ou duas vezes, ainda por aqueles tempos longínquos. Quando lhe ofereci uma viagem para lá, não quis. Sua mãe havia falecido, vitimada por um câncer. "Não fui quando minha mãe estava viva, agora não tenho mais nada a fazer lá", respondeu-me, deprimida. Hoje, acredito que ela voltaria lá. Ainda quero proporcionar-lhe esse retorno às origens.
Há muitas coisas que eu gostaria de lhe ter proporcionado, que não foram possíveis e não mais serão, simplesmente porque o tempo não volta. Mas ao menos a neta que ela gostaria de carregar "enquanto ainda tenho forças" (sempre guadalupiana!) já está aí, há quase cinco anos. São unha e carne. Toda sexta-feira Júlia me intima a levá-la para dormir na casa da avó. É como se fosse uma obrigação natural das sextas-feiras.
Hoje d. Jacimar chega aos seus 71 anos e, como é imprescindível para ela, vai comemorar a data com alguns amigos. Boa parte deles são amigos dos filhos, que ela adotou integralmente. Logo mais vamos para lá, tirar uma outra foto como essa aí de cima, do último dia das mães.
Feliz aniversário, minha mãe. Que passe mais este ano cercada de amor!
2 comentários:
Yúdice, um pouco atrasado demais (porque fora do QG, em viagem), mas transmita meus sinceros votos de felicidades e saúde a d. Jacimar. Um abraço. Que vivam muito e com saúde.
Fred
Ah, obrigado, Fred. Apesar de que o quesito saúde está deixando a desejar, tentamos tornar as coisas mais simples. Vamos nos adaptando.
Grato pelos teus votos sempre gentis.
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