Dia dos namorados em meio a um mundo de trabalhos por cumprir e ao cansaço decorrente. Mas achei justo que nos permitíssemos uma hora de folga, a bem da própria sanidade mental. Saímos do trabalho para um jantarzinho rápido. Obviamente, fugi dos restaurantes mais badalados e centrais, porque seria impossível conseguir uma vaga. Com efeito, passamos na frente de alguns e o negócio estava feio. Honestamente, não consigo entender como alguém passe horas à espera de uma mesa e ache que isso pode ser uma noite feliz.
Indo a um restaurante bacana, porém fora de circuito e do centro da cidade, encontramos lugar sem nenhuma dificuldade. A despeito de terem esquecido de comandar o nosso pedido, até que não demorou. Enquanto esperávamos, notei que alguns garçons estavam com a camisa para fora das calças, totalmente desarrumados. Mas esse é o tipo de coisa que noto, porém não me importo. Também não me importei quando o rapaz que nos atendia deixou os talheres caírem à minha frente.
O que eu não esperava era que, ao nos servir, ele soltasse uma exclamação mais para si mesmo, porém perfeitamente audível: "Está quente pra caralho!"
Eu e Polyana nos entreolhamos e tivemos que rir. De fato, o prato chegou quente praca, fumegante. Mas eu também não me importei com o deslize do atrapalhado, porém simpático e atencioso garçom. O que importa é que o paladar estava ótimo. Mas creio que outros clientes talvez não fossem assim tão desencanados.
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