sexta-feira, 23 de agosto de 2013

O futuro das bicicletas?

De uns tempos para cá, a preocupação com saúde (e a babaquarice de fazer disso um meio de autoglorificação) e o travamento do trânsito nas grandes cidades têm contribuído para ressignificar o papel das bicicletas. Cada vez mais famosas e valorizadas, por simbolizarem o politicamente correto, também desfrutam das possibilidades trazidas pelas novas tecnologias. Selecionei algumas dessas novidades:


O projeto do designer americano Brian Russell acaba com os tradicionais pneus cheios de ar. Em vez disso, tiras de metal assentadas sobre "nanotubos de carbono reforçados com um material compósito" permitem a deformação do material durante a rodagem. É o fim dos pneus furados, das bombas de ar e da necessidade de recorrer a borracheiros.


A coreana Footloose também muda o que conhecemos como bicicleta. Ela não tem corrente. Em vez disso, transforma a força produzida durante as pedaladas em energia, que armazena em uma bateria de íons de lítio. Funcionando como elétrica, alcança 30 Km/h. E ainda por cima é dobrável. Maravilhoso para quem percorre trajetos maiores ou não tem tanto fôlego. E ao eliminar a corrente, acaba com a sujeira de graxa e com outros aperreios. Quem nunca se irritou com aquela desgraça de corrente folgada, que fica saindo?


O protótipo Velo se destaca pelos penduricalhos tecnológicos. Dotada de um microprocessador, permite a criação de mapas e aciona um sistema anticolisão. Aliás, é bom mesmo existir esse sistema, porque o veículo permite até "integração social". Se entendi direito, os doentes que não conseguem desgrudar-se do mundo virtual poderão conectar-se enquanto se locomovem por aí. Como se já não bastassem os motoristas com seus celulares. E ainda por cima temos que aturar o design horroroso da coisa.

Mas o projeto mais interessante é este, a Sorena:


Em vez de um projeto computadorizado, a Sorena oferece vantagens bastante plausíveis e úteis para quem vive nas cidades. Dobrável e de operação intuitiva, ela se ajusta ao tamanho e às necessidades de condução do usuário, podendo ser carregada se o mesmo precisar usar o transporte público, p. ex. Pareceu-me o projeto mais plausível para quem quer fugir de engarrafamentos mas não quer ou não pode deixar seu veículo estacionado em qualquer lugar. Em cidades como Belém, a esmagadora maioria dos estabelecimentos que atendem o público não dispõem de locais seguros para bicicletas (e ainda discriminam quem chega numa magrela).

Gostei muito da Sorena. Dentre os modelos aqui exibidos, seria a minha opção. Pena que não haja notícias sobre comercialização. E ainda temos que nos preocupar, claro, com o preço abusivo que seria cobrado no Brasil.

Um comentário:

Ana Miranda disse...

Eh...eh...eh...

Eu - super a favor desse meio de transporte - confesso que não sei andar de bicicleta...