O Papa Francisco foi muito bem recebido, quando do anúncio de seu nome, e tem sido alvo de inúmeros elogios desde que assumiu a chefia da Igreja Católica. Os motivos são variados, mas chama a atenção, sobretudo, a sua simplicidade, exteriorizada não por meras declarações, mas por atitudes concretas, além de uma afirmação impensável até então: a de que o papa também pode errar! Uma ousadia, considerando que a infalibilidade papal é (ou era, sei lá) dogma da Igreja.
Francisco está mesmo com os pés fincados no mundo real e atual. Sua mais recente audácia foi aprovar reformas no código penal da Santa Sé, com vistas a adequá-lo à legislação penal internacional, que é laica!
Em consequência, a pena de morte deixa de ser aplicável e me surpreende que com tamanho atraso. Afinal, passada a era hedionda da Santa Inquisição, a ampla influência da Igreja sobre o mundo ocidental contribuiu efetivamente para a humanização do direito penal. Outras mudanças colocam o dedo na ferida: dinheiro e sexo. Agora, lavagem de dinheiro e abusos sexuais, nos quais se incluem a pedofilia, serão punidos com maior rigor. No geral, a nova legislação está claramente preocupada com a maior defesa dos direitos humanos.
Papa Francisco, assim, vai ganhando a minha admiração e o meu respeito.
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