sexta-feira, 3 de maio de 2013

Fábula

Segundo esta matéria, a foto abaixo tem comovido internautas pelo mundo afora. Ela mostra um coala contemplando o que restou da floresta em que vivia, após sua derrubada por uma madeireira.


Eu, que sou todo pró meio ambiente, também fico sentido com a situação, mas não a ponto de fazer uma afirmação como esta:


Que o coala esteja "triste", em algum sentido, até pode ser. Mas eu realmente duvido que esteja "pensativo" porque, afinal de contas, o pensamento é uma habilidade da consciência e eu não acho que coalas sejam evoluídos a esse ponto. Mas eu sou leigo em assuntos animais, não é? Talvez eu esteja errado. Mas me recordo que aprendi, em algum momento, que fábulas são estórias normalmente dotadas de um fundo moral, que se caracterizam por atribuir a animais características humanas.

Está inaugurado o jornalismo-fábula.

2 comentários:

Rita Helena Ferreira disse...

Leu isso?

http://www.migalhas.com.br/Quentes/17,MI173427,101048-Magistrado+da+JFSC+destrata+servidor+em+sentenca


Destaco os seguintes parágrafos:

"Observo também que o embargante, Técnico Judiciário em exercício no JEF desta Subseção, em causa cujo valor é de R$ 1.000,00, dá-se o trabalho de redigir embargos de declaração sabidamente incabíveis e de extremamente improvável acolhimento, supostamente por meio de advogado, de 6 (seis) páginas, nas quais tem o atrevimento de dizer que a sentença julgou contra a Lei. É lamentável ver um servidor da própria Justiça Federal cuspindo no produto (sentença) da atividade fim da instituição a que pertence, que paga seu salário e que sustenta sua família. Discordâncias, sempre, devem ser demonstradas de forma cordial e respeitosa, máxime em ações movidas por integrante - estagiário, servidor ou magistrado - da própria instituição, não sendo os embargos de declaração o veículo adequado para que o subordinado, supostamente por meio de advogado, aproveite para dizer ao chefe aquilo que, frente à frente, não teria coragem, nem autoridade, para dizer. Quero deixar registrado que outro(a) magistrado(a) desta Subseção tomou conhecimento do teor da sentença e dos embargos, espontaneamente, sem provocação de minha parte, de forma acidental, comentando-me o lamentável e evidente propósito dos embargos de desqualificar decisões judiciais.

Neste sentido, não perco a oportunidade de registrar que, no dia em que o embargante for aprovado no concurso de Juiz Federal, aos 27 anos de idade, em três oportunidades, obtendo um primeiro e um segundo lugares (sendo que neste último caso o primeiro lugar somente foi assumido por terceiro candidato após a pontuação dos títulos), terá condições intelectuais de dar lições de processo civil a este julgador - refiro-me às imperdíveis lições relativas à suposta incongruência objetiva (Didier, 2010) -, devendo, até lá, situar-se dentro da comunidade jurídica e atuar dentro de suas limitações, seja de ordem jurídica, seja de ordem hierárquica, lembrando-se que, nas não raras ausências dos Juízes Titular e Substituto do Juizado Cível, tenho a titularidade plena deste órgão judiciário, oportunidade em que, qualquer que seja o entendimento de servidores e magistrados nele atuantes, jamais serão eles taxados de contrários à Lei, mas eventualmente substituídos por outros, considerados mais adequados, da mesma forma pela qual, entendendo um servidor que a decisão judicial é contrária à Lei, deverá respeitar o entendimento dissonante de suas compreensões, levando seus reclames ao órgão recursal competente, abstendo-se de utilizar recurso inadequado para cutucar magistrado ou para tentar dar aulas de Direito para as quais não tem qualificação nem conhecimento jurídico suficientes."

É o fim!

Yúdice Andrade disse...

Eu já conhecia o caso, Rita. E considerei deprimente a atitude arrogante do juiz. No fundo, ele estabelece uma espécie de limitação processual: o serventuário da justiça não pode questionar os atos da justiça, para não cumprir no prato em que come! Isso é absurdo, mas ao mesmo é um abuso tão patente que a máscara do juiz não se sustenta.
Ele apela para suposto embasamento teórico para sua decisão, mas no fundo a verdade é que ficou ofendidinho em ter sua decisão questionada (e pela via própria!). Lamentavelmente, pessoalização da magistratura, por meio da qual certos juízes tomam recursos como agressão pessoal, é algo tolo, infantil, mas acontece.