No Conjunto Médici I, no brioso bairro da Marambaia, alguém escancarou sua revolta na parede:
O manifestante, contudo, está equivocado. Ter plano de saúde, hoje em dia, é pouca coisa melhor do que depender do SUS, uns anos atrás. A frase correta seria: "se você não puder pagar atendimento médico particular, está proibido de adoecer — para o seu próprio bem!"
Afinal de contas, com o plano de saúde você depende das agendas dos médicos, que dão preferência aos pacientes particulares e, em número assustador, atendem com uma falta de zelo e profissionalismo impressionantes. Você mofará em salas de espera que consolidaram a estranha contradição da hora marcada por ordem de chegada. Você estará exposto à incompetência, aos erros frequentes, à insuficiência de leitos (pediátricos, p. ex.), à inexistência de certos exames e procedimentos, além de uma série de mazelas que têm provocado o retorno de um velho hábito: adoeceu? Vá para São Paulo. O passado retornou.
Tristes situações ocorridas neste ano de 2013, que ainda está no seu quinto mês, fizeram-me escutar, de diversas pessoas, variações da afirmação de que, por aqui, o melhor médico é o avião. Detestável.
2 comentários:
Amigo o pior é que ninguém faz nada contra isso.
Apenas ações isoladas, em geral judicializadas. O interessante é que os tribunais têm sido muito assertivos contra os planos de saúde, nos últimos anos. Compreensível: juízes também são consumidores desses serviços. Portanto, a empatia deles é conosco, não com as empresas. Em geral não é assim que funciona.
O fato é que, se mais pessoas pressionassem os planos, em juízo, talvez as coisas mudassem mais rápido. Torrar a paciência da ANS também seria legal.
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