Júlia começou a apresentar sinais de febre e mal estar na terça-feira, mas até a quarta tudo parecia relativamente simples. Na quarta, houve o primeiro pico febril. A partir da quinta, a febre alta tornou-se rotina e assim tem sido. Ontem, precisei pedir que uma colega aplicasse prova a meus alunos e voltei correndo para casa. Encontrei Júlia com quase 39ºC e absolutamente prostrada, sem ânimo para nada e com uma inapetência absoluta. O jeito foi levá-la ao hospital e submetê-la a raio-X, soro, exame de sangue.
Júlia continua uma criança doce e colaboradora. Explicamos a ela tudo o que vai acontecer e não mentimos. Admitimos que vai doer, se for o caso, e esclarecemos a absoluta necessidade de passar por aquilo. Ela chora, porque sente dor, mas confia; não puxa o braço, não impede o procedimento, mesmo quando a auxiliar de enfermagem erra sua veia por sete vezes, levando-me quase à loucura. Só mesmo a preocupação em não deixar Júlia nervosa me levou a não protestar.
Enfim, temos feito uma sequência enorme de medicamentos. Acima de tudo, antitérmico, porque não há quem faça a febre ceder. Como o primeiro não funciona, intercalamos com outro a cada duas horas. E como mesmo assim não dá jeito, recorremos aos banhos e às compressas. E nem assim a febre passa. Os dias e noites têm sido difíceis. O sentimento de impotência e exaustão que isso provoca é terrível. É como estamos agora: demos o remédio, mas a febre continua em 38,9ºC.
E é assim que seguimos.
O fato é que já recorremos a remédio, médico, hospital, banho e fé em Deus. Por enquanto, continuamos na espera.
4 comentários:
Desculpe me intrometer, mas alguém pensou na hipótese de dengue? tem ocorrido muitos casos em Belém? os locais que a pequena frequenta tem mosquitos? alguma criança doente na escola dela?
Rezo para que tudo melhore.
Querido Yúdice,
Estou aqui na torcida e na oração pela melhora da pequena Júlia.
Vai dar tudo certo! Que seja logo!
Um beijo.
Com certeza é dengue. Cuidem dela, pois é perigoso. Palavra de quem entende do metier. Saúde! Cuidado.
Meus queridos, antes de mais nada, agradeço as manifestações e o interesse. No mais, devo dizer que não é dengue. Consoante a opinião do médico que nos atendeu no hospital e da pediatra de Júlia, trata-se mesmo de um quadro viral, daí porque a única alteração no hemograma foram os leucócitos muito baixos. Sei que a sorologia da dengue só dá resultado após alguns dias, mas Júlia não apresenta nenhum sintoma que nos conduza especificamente a esse diagnóstico.
Ao exame físico, a garganta estava inflamada. A secreção branca do primeiro dia ficou amarelada, daí porque foi prescrito antibiótico. A partir daí, Júlia melhorou.
Continuaremos na batalha. Com certeza, se houver novidades, direi.
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