Kevorkian, em 29.8.2010 |
O tema do direito de morrer é um dos mais difíceis e polêmicos do mundo. Mesmo num país que se ufana de assegurar a supremacia das liberdades individuais, Kevorkian não foi aplaudido. E ainda que tenha sido, a opinião predominante era muito desfavorável. Segundo consta, ele auxiliou a morte de 130 pessoas e acabou condenado a oito anos de prisão, por homicídio em segundo grau1. Que eu me lembre, ameaçou se matar, caso fosse preso, pois só queria ajudar as pessoas a morrer dignamente. O argumento não impediu que fosse efetivamente encarcerado, mas não se matou, tendo recobrado a liberdade em 2007. Segundo o informante, sua morte, hoje, aos 83 anos, foi exatamente do jeito que ele achava que todos deviam morrer: com tranquilidade e sem dor.
Vi apenas o começo do filme, por isso ainda não escrevi nada a respeito. Mas já fiz algumas anotações mentais sobre aspectos que pretendo compartilhar oportunamente. Pena que os lotes de provas a corrigir sejam um empecilho para consumar o intento.
Para quem se interessou, o filme You don't know Jack tem Al Pacino no papel principal. Isso aumenta a curiosidade, não?
1 A nomenclatura inexiste no Direito Penal brasileiro. Como a legislação criminal nos Estados Unidos varia por unidade federativa, e considerando que a incriminação está relacionada ao fato de induzir ou auxiliar uma pessoa a se matar, acredito que o tipo penal mais próximo no Código Penal brasileiro seja o do art. 122 ("induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça").
Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2011/06/jack-kevorkian-o-doutor-morte-morre-aos-83-anos-nos-eua.html
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