quarta-feira, 9 de maio de 2012

A greve e o inferno

Belém é uma cidade com larga experiência em greves dos rodoviários. Admito que a frequência caiu um pouco, pois houve um período em que elas eram anuais. De uns tempos para cá, parece que a curva voltou a ser ascendente. O fato é que amanhecemos hoje sem transporte coletivo.
O primeiro grande inconveniente dessas greves é que os rodoviários, de sacanagem, sempre deliberam numa assembleia geral à meia noite. Assim, o trabalhador vai dormir e acorda sem saber se terá transporte ou não, o que explica a falta de um plano B e o acúmulo de usuários nos pontos de ônibus, à espera do eventual aparecimento de algum coletivo.
O segundo transtorno advém do fato de que, saindo os ônibus, entram nas ruas veículos que não se sabe de onde saem. E muitos deles velhos, em más condições ou sem condições de trafegar. Sem falar que gente que não dirige habitualmente passa a fazê-lo. Aumenta, assim, a quantidade de patetas dificultando o tráfego. E quem dispõe de um veículo grande se mete a fazer carreto de gente, na maior esculhambação, mas mesmo assim cobrando caro.
Chegar ao trabalho foi um aborrecimento além da conta. Tomara que a situação se resolva logo.

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