quinta-feira, 24 de maio de 2012

A saga de Batista Campos

Quinta-feira novamente. É dia de apresentação do espetáculo "Batista", mais uma obra a mostrar como nesta nossa terra existe teatro de verdade.
Reproduzo a matéria publicada no Diário do Pará, no site hoje:

Foto: Brends Nunes (divulgação)
O número de espectadores se aglomerando para conferir o espetáculo “Batista”, no Sesc Boulevard, na última sexta-feira, 18, impressionava. Uma fila se dispersava por dois rumos opostos, e era imensa. Uma parte tomava conta do vão em frente à sala de apresentações, subia a escadaria em espiral que leva aos andares superiores do centro cultural e chegava ao terceiro andar; a outra, descia a escadaria e ultrapassava a porta de saída da casa. O comparecimento do público foi tão grande que se fez necessária a realização de uma segunda apresentação. O mesmo havia se repetido no dia anterior, quinta-feira. O mais significativo de tudo isso é que, nos dois dias, a maioria dos espectadores era de estudantes da rede pública.
Escrito pelo dramaturgo Carlos Correia Santos e montado pela Companhia Teatral Nós Outros, trazendo em cena Cacau Novais e Hudson Andrade, que também dirige a montagem, “Batista” estreou no dia 10, já com grande sucesso de público. A produção realiza as duas últimas apresentações de sua primeira temporada nesta quinta e sexta, sempre às 20h30, e comemora uma especial vitória: o empreendimento acabou se tornando ferramenta pedagógica para algumas escolas da cidade. A oportunidade de colocar alunos em contato com traços da biografia do cônego Batista Campos e, portanto, com referências à Cabanagem, assunto cobrado no vestibular, está chamando a atenção de docentes.
É o caso do professor Helder Bentes que, na quinta, dia 17, organizou um grupo com mais de 60 estudantes da Escola Cândido Horácio Evelin e, aliado aos também professores Sidney Sidom e Anderson Moraes, conduziu os jovens à plateia.
“O interesse de ter levado os alunos ao teatro surgiu da temática da peça. Muitos estudantes, ao ouvirem o nome Batista Campos, associavam-no ao bairro ou à praça. Ao ouvirem falar em Cabanagem, pensavam só no bairro ou na linha de ônibus. Decidimos então aproveitar o conteúdo da peça para instrui-los sobre a personagem e o fato histórico a que nos remetem esses nomes, iniciá-los na apreciação do gênero dramático, aproveitando a transversalidade temática da obra em três disciplinas: Artes, História e Língua Portuguesa”, explica Helder.

SERVIÇO
Duas últimas apresentações da primeira temporada de “Batista”. Nesta quinta e sexta, dias 24 e 25, às 20h30, no Sesc Boulevard. Entrada franca. Informações: 8822-4453 e 8199-1322.

2 comentários:

Rafael Maia disse...

Oi, Yudice. Fui assistir a "Batista" na última sexta, e fiquei entusiasmado com a força do texto e a dramaticidade da atuação do teu irmão. É uma montagem digna de prêmio, de temporada longa, de divulgação. Gostaria de saber qual a formação do teu irmão e qual a trajetória dele para chegar ao nível em que está ele. Transmita meu elogios e meus auguros de brilhante carreira.

Yúdice Andrade disse...

Direi a ele, Rafael. Hudson ficará radiante em saber.