Não faço segredo a ninguém que, em matéria de monitoria de ensino, fiquei extremamente mal acostumado. Foram três anos auxiliado por Antônio Graim Neto, hoje professor de direito penal da UNAMA e prestes a iniciar o mestrado na mesma instituição, e dois anos por Adrian Barbosa e Silva, que colará grau no próximo dia 30 e, em seguida, iniciará o mestrado na UFPA. Os dois eram alunos absolutamente apaixonados pelas ciências criminais, com um enorme volume de leituras pessoais e, em consequência, uma ampla autonomia intelectual. Ou seja, eu não precisava ensiná-los: eles sabiam o que fazer.
O resultado prático disso foi o excelente desempenho de ambos na tarefa, que não meço por mim, mas pelos alunos: eles é que tomavam a iniciativa de procurar os monitores para pedir ajuda, para tirar dúvidas, para estudar junto, para fazer exercícios e, inclusive, para aulas aos sábados. A receptividade dos alunos e a confiança na atuação dos monitores é que me fazem afirmar que estive muito bem assistido nos últimos cinco anos.
Para fazer justiça, os dois trabalharam numa fase de consolidação da monitoria no CESUPA (para a qual, obviamente, eles concorreram significativamente), assegurada pela ampliação das tarefas cometidas aos monitores, pelos seminários anuais apresentados especificamente por eles, pelo efetivo engajamento nas palestras e cursos ministrados pelos professores, p. ex. na semana jurídica, revelando um elenco de monitores de altíssima qualidade.
Estamos novamente em processo de seleção dos futuros monitores. Aprendi e gosto de lembrar sempre que o objetivo não é buscar gênios, e sim os acadêmicos mais aptos a aprender conosco. Monitoria, como qualquer atividade de ensino, não se destina a encontrar nem a produzir repositórios de informações prontas, e sim a treinar habilidades naqueles que têm inclinação à docência. É necessário, naturalmente, possuir conhecimentos prévios, que serão testados em uma prova escrita. Sem eles, não há como assumir a tarefa. Mas com empenho, ultrapassa-se a fase da prova escrita e se pode aprender muito depois.
Este ano, onze acadêmicos se inscreveram para a monitoria de direito penal, dos quais sete são mulheres. São eles: Ananda Santos Sá, Emy Hannah Ribeiro Mafra, Fernando Alves e Silva, Ícaro Luiz Britto Sapucaia, Juliana de Carvalho Moreira, Laís Vidigal Maia, Matheus Braz da Silva Azevedo, Melissa Mika Kimura Paz, Raphaela Buarque de Moraes, Renan Daniel Trindade dos Santos e Vitória de Oliveira Monteiro.
Não desejo a eles boa sorte e sim bons estudos. Temos um encontro no próximo dia 8 de fevereiro. Já que se inscreveram, não faltem. Testem a si mesmos, corram atrás. Vale muito a pena.
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