APARTHEID
A proibição para grupo de jovens circularem em "shoppings" paulistas e cariocas, em forma de rápidas liminares concedidas pelas "justiças" daqueles estados, mostra de forma bem clara a existência de um apartheid social, um racismo envergonhado que não diz o seu nome.
Jovem de classe média, pode.
Mas jovem de outra extração social, ou que "pareça não pertencer" ao ambiente festivo dos palácios de consumo, não pode.
Aliás, qual é a diferença substancial entre as duas imagens acima, embora separadas por uns 150 anos?
A diferença, meu amigo, é que o racismo do passado era institucionalizado, sustentado inclusive por constituições que admitiam claramente a distinção entre seres humanos. Mas o tempo passou, a consciência mudou e, com ela, o direito.
Bem sabemos que o grande impulso ao reconhecimento dos direitos fundamentais se deu após a II Guerra Mundial, por isso o que poderíamos esperar era que se entranhasse, na consciência da humanidade, o sentimento de respeito por todos. Mas em pleno século XXI, constatamos que não é assim.
Embora o direito diga exatamente o contrário e a própria ética o repudie (tanto que os malfeitores evitam declarar suas preferências publicamente), o racismo subsiste. Não é mais a característica de uma época: é uma escolha.
E qual é a sua escolha?
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