Juro que estou fazendo um esforço danado para não começar a reclamar. Eu prometi, neste final de ano, que não ficaria reclamando, como quase todo mundo vive fazendo na internet, hoje em dia. Mas não posso deixar de pensar que, após semanas tendo que aturar musiquinhas natalinas, sempre insuportáveis e onipresentes, agora começa a temporada de marchinhas de carnaval e sambas de enredo.
Sim, eu gosto de samba. Mas tudo que é demais enjoa. Além de que sambas de enredo exigem uma paciência adicional. Junto, vêm a publicidade de um mundo de coisas relacionadas a carnaval, o pé-no-saco mor do surreal concurso Rainha das Rainhas do Carnaval, o entojo da Globeleza, os desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro (espetáculo industrializado para arrancar dinheiro de turista) e de São Paulo (sério que alguém se importa?) e a suprema perda de tempo do pacote: a transmissão da apuração do desfile!
Falhei em minha promessa. Ia falar só dos temas musicais e acabei escrevendo uma reclamação. Eu não tenho conserto. Mas o resto também não...
2 comentários:
Muito bom falar dessa overdose de “festas”!
Mas li essa notícia e achei interessante copiar pra cá.
"Em tempos de se iniciar mais uma edição do Rainha das Rainhas, o concurso de beleza mais antigo do mundo (mais longevo que o Miss Mundo - o maior evento do tipo, criado em 1951 e que hoje conta com 127 países credenciados - e que o Miss Universo - o mais famoso certame, que foi iniciado em 1952) as ORM anunciaram que serão dados cerca de 200 mil reais em prêmios às vencedoras do concurso paraense em 2014, entre carros, contratos, bolsas em faculdades e viagens.
Tanto prestígio se justifica pelo grande interesse do público pela promoção.
Para se ter ideia, na seção de fotos do portal ORM News a segunda galeria mais acessada é a de imagens do Círio de Nazaré, com cerca de 4 milhões de vizualizações, enquanto a galeria de imagens do Rainha das Rainhas conta com 12 milhões de acessos.
A próxima edição do evento, a edição de nº 68, será no dia 21 de fevereiro no Hangar."
Não duvido e não me surpreendo, das 10h23. É disso que o povo gosta. E, naturalmente, abrem-se todos os espaços possíveis para que haja a massificação da informação considerada relevante.
Vivemos a era do pão e circo midiático. É isso que temos...
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