segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Ah, o poder!

Eu me pergunto quando é que o poder público instituirá, em caráter definitivo e eliminatório, uma avaliação psicológica como requisito para ingressar no serviço público. Enquanto isso não se faz decerto porque aumentaria custos e retardaria processos já longos, mas temo que também por desmerecer o valor da medida , continuaremos a ver demonstrações de arrogância, quando não de verdadeiro transtorno de personalidade antissocial, em pessoas que deveriam dignificar funções remuneradas pelo contribuinte.
O episódio a que me refiro, neste momento, é isolado e de menores dimensões. Alude a cinco moleques e entendo que o termo é esse mesmo, com a acepção de jovens sem responsabilidade e senso de cidadania, embora não necessariamente pessoas ruins, e que provavelmente ainda podem ser recuperados  que passaram horas bebendo junto a um carro, em via pública, com o som ligado às alturas, e que destrataram um sargento da Polícia Militar que foi ao local ver o que se passava e pedir que reduzissem o barulho. Alegando serem "militares federais" (ai, que meda!), simplesmente porque são recrutas da Aeronática (nada além de recrutas!), não apenas desacataram como ameaçaram o castrense. Não apenas ele, mas os demais policiais que ele chamou em reforço.
Finalmente, tomo conhecimento de um caso de detenção por desacato verdadeiramente merecida. Os moleques acabaram na seccional e devem responder criminalmente por seus atos. Espero que a Aeronáutica honre os seus princípios e regras escritas, aplicando-lhes também alguma punição. Nada de exemplaridade, porque não cedo fácil a esses discursos neurastênicos. Mas que seja uma punição pedagógica. Se o cara nem bem chegou à Aeronáutica já usa o nome da Força para menosprezar a autoridade pública, que estava no lídimo exercício da sua função, o que se deve esperar dele?
E como as pequenas coisas denunciam a probabilidade das maiores, vale a pena destacar acontecimentos módicos como esse, para advertência dos vivos: o mal deve ser cortado no nascedouro.

Fonte: http://www.diarioonline.com.br/noticias-interna.php?nIdNoticia=111906

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