Luiza Montenegro Duarte, que agora talvez tenha um novo sobrenome, entrou em minha vida virtualmente, como tantos amigos que tenho feito através da Internet, por conta de uma postagem que escrevi sobre sua festa de formatura, onde estive como convidado de um outro formando. Intermediada ainda por uma amizade comum, começou a frequentar o blog e, tempos depois, criou o seu próprio. Hoje, nós nos fazemos visitas recíprocas.
Nesse meio tempo, pudemos identificar nossas afinidades, mas só nos encontramos uma única vez, casualmente, enquanto ela comprava um sorvete da Cairu da Estação das Docas e eu apenas passava por ali. Cumprimentei-a como se a conhecesse de longa data, tanto que nem parei para uma conversa, atitude displicente de quem considera a coisa mais normal do mundo encontrar aquela pessoa e sabe que isso acontecerá de novo. E só aconteceu no plano virtual.
Nos últimos tempos, a querida Luiza esteve envolvida em uma missão altamente grandiosa: os preparativos de seu casamento. Agora, ela é uma jovem senhora casada e responsável pelo próprio lar. E ao longo desse processo, compartilhou conosco alguns sentimentos em seu blog. Agora, quero compartilhar com ela e seu marido, também, um pouco de sentimento.
Casei-me no dia 13 de janeiro de 2005, numa cerimônia religiosa em Santarém, terra natal de minha esposa. Dois dias depois, tivemos uma cerimônia civil aqui em Belém. Por isso, quando a juíza que nos casou (minha grande amiga Ana Patrícia Fernandes) perguntou se era meu desejo formalizar a união, respondi "Sim, de novo", provocando risos na plateia.
Os cinco anos, nove meses e cinco dias que se passaram não dissiparam de minha memória os sentimentos extremados daquela época. Nem o desejo de construir uma vida ao lado de Polyana, nem a lembrança do carinho de nossos amigos, que nos cobriram com tanto amor que, nem que quiséssemos, poderíamos sentir solidão. E agora, em seus textos, Luiza se afirma, também, cercada de amor por todos os lados. Sim, isso é uma bênção, qualquer que seja o sentido que se dê a esse vocábulo.
Embora cada experiência pessoal seja única e intransferível, acredito saber, quanto possível, como o jovem casal se sente neste instante. No que tange às expectativas de futuro e ao prazer de ver consumado o projeto de união, o projeto de amor, que é sempre um precipitar-se no vazio, no segundo mais arrojado bungee jump que podemos realizar (o primeiro é a paternidade).
Virá a rotina, virão os problemas, as preocupações, mas é impressionante como se pode atravessar tudo isso com uma tranquilidade imensa, se nos sentimos amparados pelo parceiro. E se assim é, a tranquilidade é tão espontânea que não nos falta a fé e a disposição para cuidar do lar, desde as torneiras gotejantes até às grandes reviravoltas. E quando as tensões nos fragilizam, porque o próprio casal se sente pequeno para o tamanho do que tem a enfrentar, aí entram a família e os amigos, o suporte sem o qual a vida não vale a pena. E de novo somos conduzidos para o rumo que precisa ser tomado.
Eu lhes desejo que, daqui a cinco anos, quando suas vidas já estejam substituindo as urgências da paixão pela serenidade do conhecimento recíproco, vocês estejam em paz para externar votos de felicidades para os amigos que estejam se casando nesse momento. E que possam dizer "sejam felizes como temos sido e ainda mais". Porque felicidade demais não enjoa.
Deus os abençoe.
5 comentários:
Ah, Yúdice, tudo que você disse é a mais pura realidade.
Realidade de quem ama.
Eu, que em março próximo, completarei 30 anos de casamento, garanto que nada mudou do tempo da Luíza (2 dias e algumas horas) e nem do seu tempo (5 anos, 9 meses e 5 dias).
Quando a gente ama a rotina faz-se satisfatória, a minha rotina é minha segurança.
Problemas e preocupações são tirados de letras e o amor do casal passa segurança de amor paternos aos filhos, aí esses filhos crescem em meio ao amor dos pais, ao respeito que os pais têm entre si e também para com seus filhos e não há como esses filhos não serem simplesmente adultos do bem, adultos felizes, adultos de caráter, profissionais competentes, e isso sem qua haja muito esforço por parte dos pais para dialogar com seus filhos, pois faz-se isso por e com amor!!!
Boa sorte aos pombinhos que a essa hora estão no maior "love" em algum lugar por aí...
Nossa, Ana, estás casada por quase toda a minha vida! Esses números me impressionam.
Um dia, quem sabe, trocaremos figurinhas sobre a vida, o casamento, filhos, sentados no sofá de tua casa. Polyana aceitará pão de queijo, sem dúvida alguma.
Enquanto isso, fiquemos vibrando muito positivamente por Luiza e Eduardo.
Meu querido, estou comovida! Jamais esperava a mencao (perdoe a falta de acentos). Adorei que voce lembrasse como cheguei ate aqui!
Nosso casamento foi lindo, justamente cercado pelas pessoas mais queridas. Nos sentimos realmente abracados por todos. Quase todos os nossos padrinhos choraram. Das madrinhas, nao sobrou uma inteira. Assim, fica facil perceber o quanto eles compartilhavam da nossa emocao.
Estou muito feliz. Nesse momento, em Paris, mas, durante a folguinha pra descansar os pes, ligada no Arbitrio.
Felicidades a todos nos: eu e Eduardo, voce e Polyana, Ana e Bem e todos os outros.
Beijo grande!
Luiza, meu anjo, não esperava que passasses por aqui tão cedo, mas queria muito que visses a minha singela homenagem. Saibam que é de todo o coração.
Aproveitem cada momento dessa fase, usufruam de Paris e vivam! Isso é só o começo.
Ah, sim, acrescentei o "Leão". Já que vamos formar uma família, que seja a "Família Leão". E que eu me identifique com ela!
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