Brasileiro, até hoje, tem mania de menosprezar manifestações artísticas, como se não fossem atividades profissionais tão respeitáveis como quaisquer outras. Os estadunidenses, ao contrário, valorizam o espetáculo, por isso normalmente investem pesado na música, no teatro, na dança, etc. O mais triste é que, a despeito desse desprezo pelas diferentes manifestações culturais, brasileiro acha normal que esse bando de inúteis que batem bolinha ganhem fortunas astronômicas.
Um dos principais produtos de consumo da indústria do entretenimento são os seriados. E quem participa deles pode obter um retorno financeiro espetacular, o que ajuda a explicar a curiosa separação entre ator de cinema e ator de TV. Normalmente, eles não se misturam.
Em um blog especializado, você encontra uma lista dos atores mais bem pagos da TV americana. O campeoníssimo é o problemático ator Charlie Sheen, que fez carreira no cinema e se salvou do obscurantismo graças ao seriado Two and a half man. O rapaz recebe a bagatela de um 1.250.000 dólares por episódio. Para se ter uma ideia, o segundo colocado é Jon Cryer, que interpreta o irmão de Sheen no dito seriado e recebe apenas 550 mil dólares por episódio. Mas isto porque estamos falando das comédias, que são mais rentáveis, haja vista que não falta no mundo gente disposta a desligar o cérebro como condição para se divertir.
Na área das séries dramáticas (a meu ver, as únicas que contam), o mais bem pago é Hugh Laurie, o protagonista de House, com módicos 400 mil dólares por episódio. O terceiro nome da lista é o de David Caruso, o Horatio Caine de CSI: Miami, que já foi apontado como o programa de TV mais visto no mundo (suponho que programa de entretenimento). Ele ganha 375 mil dólares por episódio, para interpretar o maior de todos os canastrões que a TV já viu, sempre tirando e colocando os óculos escuros e falando sem olhar para o interlocutor, com aquela voz cavernosa. Mas até que nos divertimos com ele.
No link acima, você encontra a lista detalhada.
2 comentários:
Eu adoro "Two And a Half Man". Ali o Charlie Sheen representa a ele mesmo.
O pessoal de "Friends" também ganhava um milhão de dólares por episódio.
Acho House excelente também. Eu bateria nele se ele fosse meu médico...
Quanto a arte no Brasil, eu concordo contigo, a rte por aqui é menosprezada. Só por aqui em Juiz de Fora, temos pessoas talentosíssimas que nunca saíram do anonimato...
Haha. A primeira vez que vi o Sheen foi na rápida ponta dele em Curtindo a Vida Adoidado. A segunda foi justamente em Two and a Half Men; descobri o seriado por acaso. Passava antes de Smallville... com o tempo, deixei de ver o a versão Dawson's Creek do Superman e passei a assistir mesmo a comédia semibiográfica do Sheen.
O resultado é que não consegui levar a sério os papéis dramáticos dele. Deveria ter visto Platoon e Wall Street antes, pois não "funcionaram".
Já o Cryer eu conhecia também de outro filme do saudoso John "Sessão da Tarde" Hughes. O mundo ficou menos anos 80 com a morte dele. Cryer, o bobão de Garota Rosa Shoking, foi um dos que prestaram homenagem póstuma ao Hughes no Oscar desse ano.
Broderick, como não podia deixar de ser, foi praticamente o "mestre de cerimônias" nessa parte, a melhor da edição 2010 da premiação. Ao final, ele fala "danke schön": como o senhor gosta de alemão, deve imaginar o que significa literalmente. Mas é também o título da música que o Ferris canta antes de Twist and Shout, na parada.
Também estão Macaulay Culkin (se Broderick ainda tem cara de garoto, Culkin, mesmo embagaçado, nem parece ter 30) e quatro membros do Clube dos Cinco; só faltou o Emilio Estevez (curiosamente, irmão de Sheen na vida real). Por sinal, "Don't You Forget About Me" foi utilizada.
Abaixo, o link do vídeo que mostra a homenagem ao homem por trás também de Mulher Nota 1000, Antes Só Que Mal-Acompanhado, Férias Frustradas, Esqueceram de Mim, Dênis o Pimetinha, Beethoven (o cachorro, claro, não Ludwig van), 101 Dálmatas... http://www.youtube.com/watch?v=DvmVYNr0lk0
Postar um comentário