Ontem à noite, o Centro Universitário do Pará — CESUPA realizou sessão especial para comemorar os seus 20 anos de existência. Na oportunidade, assistimos à palestra intitulada “A educação Superior no Brasil: um salto para o futuro?", proferida pelo Prof. Paulo Barone, doutor em Física, da Universidade Federal de Juiz de Fora (ei, Ana, é teu vizinho!!). Barone integra o Conselho Nacional de Educação, do qual atualmente é vice-presidente, mas que já foi presidido por ele. Simpático e informal, apaixonado pela condição de professor, ele nos falou sobre os impactos trazidos pela tecnologia, com os desafios consequentes sobre os processos educacionais.
Após a palestra, a solenidade se tornou uma homenagem ao nosso reitor, Prof. João Paulo do Valle Mendes, doutor em Medicina e com uma década de serviços prestados ao Conselho Nacional de Educação, pelos 80 anos que completa hoje. Para quem não sabe, o CESUPA é uma instituição familiar que tem pai e filhos na administração superior e a presença constante dos demais familiares nos eventos acadêmicos. Por isso, mesmo se tratando, em princípio, de uma solenidade acadêmica, sempre existe aquele clima familiar, que torna genuínas as emoções. Estas não precisam ser declaradas, porque são vividas e compartilhadas.
Estou no CESUPA há 11 anos, 1 mês e 13 dias. Portanto, um pouco mais da metade de sua trajetória. E me sinto muito feliz por isso, porque vi a instituição crescer, sob diversas perspectivas: a física, a oferta de cursos, as linhas de atuação, os serviços à comunidade, etc. Sem perder de vista o objetivo de oferecer serviços educacionais que não cabem nas propostas mercantilistas usualmente relacionadas ao ensino privado. De longe, o CESUPA já informa: aqui é o caminho das pedras. Portanto, a estratégia para o sucesso acadêmico é aquela mesma: estudar. Não tem saída pela tangente. E não tem mesmo, como posso afiançar, na condição de professor havido por rigoroso, que sempre encontrou na instituição respaldo para as iniciativas sérias.
Sou casado com uma professora da instituição e, tendo ambos tantos amigos lá, nossa filha de certo modo nasceu na casa, uma dentre as tantas crianças nascidas de membros daquela fertilíssima instituição, que chamamos de "geração CESUPA". Assim, também nos sentimos em família lá dentro.
Registro aqui as homenagens que externei pessoalmente, ontem, ao Dr. João Paulo, cuja honorabilidade é notória em meio a todos quantos conhecem a história da educação no Pará e mesmo fora dele. E quanto à instituição que ele conduz com sabedoria e bondade, uso uma expressão recorrente entre os amigos da blogosfera: Vamos em frente!
4 comentários:
No Brasil, em especial no Pará, é sempre um dilema optar entre uma faculdade particular e uma pública. Sempre ouvi falar muito bem do Cesupa, decidi portanto optar por esta instituição. Comprovo - já que ainda estou percorrendo esse 'caminho das pedras' - a seriedade e qualidade da mesma. Como o sr. mencionou, não tem jeito: tem que estudar. Professores excelentes e fantásticos, em sua maioria (e sem querer bajular, mas isso inclui o professor e escritor deste blog que estão lendo). Quanto as provas, são em geral médias, o que é muito justo; fato é, nos preparam para a situação real que iremos enfrentar, seja lá qual for o grau de dificuldade. Mas pra ficar claro, a prova de Penal, essa sim é difícil, o que explica o desespero dos alunos deste professor, incluindo a mim nesse rol de desesperados hahahaha.
Encontrei no Cesupa excelente ensino aliado ao conforto de uma instituição particular, indo de encontro ao, em geral, infundado argumento de que as universidades são necessariamente melhores que as instituições particulares. Não me arrependo e até agora estou tirando bons frutos.
Victor, o discurso que demoniza o ensino privado é falacioso. Não se pode tomar muitos por todos. Por toda parte, há instituições privadas sérias e me orgulho de pertencer a uma. Fugir aos clichês que, como lembraste, também existem em relação às públicas, é o mais importante e exige conhecimento e serenidade.
Orgulho-me da universidade pública que me formou e prestaria vestibular para ela, hoje, fosse o caso. Se minha filha tivesse idade para isso e quisesse se matricular na UFPA, teria o meu apoio.
O importante, no final das contas, é que a sociedade disponha da opção pública e da opção privada, ambas com qualidade.
PS - Quanto à prova de Penal, é light, light. O problema é como ela é respondida!
E é meu vizinho mesmo, Yúdice, moro próximo à Universidade Federal de Juiz de Fora.
Minha filha faz faculdade particular e é uma excelente faculdade. Aliás, a melhor de Juiz de Fora em Admisntração de Empresas.
Durante meu curso de Direito, fiz o longo percurso de estudar em três instituições de ensino (pois precisei mudar de cidade no decorrer do curso). Dentre elas, estudei em uma das duas mais bem conceituadas universidades particulares de Brasília e, em seguida, voltei pra Belém, ocasião em que optei por continuar - e concluir - o curso no Cesupa. Por isso posso falar, de carteirinha, da seriedade dessa instituição e dos profissionais que dela fazem parte. Sem dúvida alguma, foi de longe a melhor instituição pela qual passei. E, sim, Yúdice, concordo com vc: há, no Cesupa, um sentimento de família, de pertencimento, que envolve a todos, inclusive aos alunos. Tive a felicidade de fazer parte dessa casa, onde adquiri, além de uma carga substancial de conhecimento, amigos muito queridos, dentre eles vc e Polyana.
Parabéns ao Cesupa e a vcs, professores da casa, que ajudam a abrilhantar sua história!
Aline Bentes.
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