A simpática cadela Abby e Hunter, o bebê que fez muitas mulheres terem aversão especial pelo filme |
O grande defeito da parte 2 é que repete e aprimora a bobagem que é a distinção entre fantasmas e demônios. E se valendo de Ali, uma adolescente, incorre no pecado de tentar explicar a causa de tanto mal e sofrimento. A explicação é de uma babaquarice lastimável, mas que podemos relevar considerando que a menina faz o que todo mundo faz hoje em dia: busca respostas na Internet e acredita em qualquer bobagem que lê. Assim, podemos dizer que, oficialmente, não há explicações para o drama. Contudo, fica claro que o roteiro realmente investe nessa explicação tosca.
A linguagem do filme permanece igual: ambientes escuros e soturnos são mostrados, sem que nada de anormal aconteça. Isso cria a ansiedade. Aos poucos, fenômenos de menor monta aparecem. Vêm os primeiros sustos. Algumas explicações racionais são buscadas, como no caso do limpador da piscina. Até que se chega a um momento onde não é mais possível negar a presença de um mal dentro da casa. Sem sangue, sem gosma, usando como recurso previsível apenas os sustos proporcionados pelos efeitos físicos e barulhos, Atividade paranormal 2 vai minando o espírito do espectador, fazendo-nos detestar nossas casas. Por melhores que sejam, sempre possuem um canto estranho, umas áreas escuras, um espaço meio abandonado e propício a acumular seres que não deveriam estar ali.
O filme funciona e tem o mérito de, com o seu encerramento, solidificar o roteiro, já que a trama se funde com a antecedente, expandindo a história. Apesar disso, ele denuncia seu jeitão de blockbuster. Se tentarem uma parte 3 (e há gancho para isso), é muito possível que o resultado seja tétrico. Minha opinião, vá ver correndo, antes que alguém lhe conte os lances mais emocionantes.
Paranormal activity 2, dir. Todd Williams, roteiro de Michael R. Perry, EUA, 2010
Um comentário:
Adoro filme de terror. Faz séculos que não vou ao cinema. Acho que irei ver esse. Valeu pela dica, Yúdice!!!
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