Contando com a presença de familiares do Ney, ouvimos um tocante discurso feito pelo Prof. Adelvan Olivério, que foi aluno, monitor e amigo do mestre, tornando-se professor da mesma disciplina (direito constitucional). Um grande representante para falar em nome do grupo. Suas palavras primaram pela informalidade, alegria e sinceridade. E ele ainda teve a delicadeza de convidar a aluna Clarissa, última monitora do Ney, para se pronunciar. Emocionada, ela se justificou dizendo que não tinha um "discurso bonito" como o de Adelvan, mas foi linda falando de improviso, dando o seu depoimento pessoal sobre um ano de convivência acadêmica que marcou sua vida para sempre.
Após os discursos, inclusive do nosso vice-reitor, Prof. Sérgio Mendes, a filha de Ney, Aline Bentes, e sua mãe descerraram a placa que nos trouxe de volta a visão do sorriso do grande amigo, sacramentando o nome do auditório, que foi dado ainda sob o impacto da notícia de seu falecimento, em 4 de maio último.
Foi destacado que o CESUPA não deixou para proclamar seu reconhecimento ao Prof. Ney Sardinha após a sua morte: ele já fora homenageado em 2009, por ocasião da IX Semana Jurídica, no qual também aconteceu o nosso I Seminário Internacional. Um grande evento, inteiramente dedicado ao mestre de gerações, contando com sua presença, que proferiu a conferência de abertura.
Como destacado pelo Prof. Sérgio, nós temos memória. E em se tratando do Ney, as memórias que ficam são as melhores. E sob o seu patrocínio, seguimos os trabalhos da noite, seguiremos as nossas vidas e, como já dizia a linda canção da Legião Urbana,
"os nossos dias serão para sempre".
4 comentários:
Homenagem linda, Yúdice... Eu sabia que me emocionaria, mas não pensei que seria tanto. Meu pai foi um homem cheio de qualidades e defeitos, mas, sem sombra de dúvida, foi um homem de uma retidão invejável nos dias de hoje, além do grande saber jurídico que possuía.
Já tive a oportunidade de falar, mas não canso de repetir o quanto ele amava lecionar no Cesupa. Lá sentia-se verdadeiramente repeitado, reconhecido e querido. Muito mais que colegas, fez amigos. E tu foste um deles. Um dos primeiros e mais especiais.
Obrigada mais uma vez ao Cesupa e também a ti, pelo carinho que sempre tiveste para com ele, e continuas tendo agora, pela forma como ajudas a mater a memória dele viva e pulsnte entre nós.
Beijo grande!
Aline Bentes
Saudades do meu querido amigo. O silêncio cruel do telefone aos domingos a noite, quando em geral nos falávamos durante os últimos 20 anos me traz muita tristeza, mas as lembranças acabam me alegrando, pela oportunidade que tive de ter um grande irmão de confidências,de viagens, de discussões ferrenhas, de cumplicidade, de aprendizado e de bons exemplos, tudo isso complementado pelo prazer de ter seus filhos e a Fátima como bons e queridos amigos.
Kenneth Fleming
Qualidades e defeitos todos tempos, Aline, mas o Ney conseguia dar um sentido especial aos seus, de modo que até os defeitos valiam muito a pena. Não à toa queria ser como ele.
Kenneth, teu nome foi lembrado na solenidade. Até foi destacada a tua preocupação com os amigos, por ocasião da recente separação de uma certa banda...
Aguardo o dia que nos conheceremos, caro amigo de blog.
Que bom , Yúdice, que fui lembrado por discutir sobre importantes figuras da nossa cena cultural, que sempre estão a nos lembrar das vogais .
O tal do Bel até ligou aqui em casa para saber o por que da ausência do dileto casal em seu show de despedida aqui em Brasília. Tive que inventar uma desculpa, tipo "não deu tempo de decorarem a combinação das vogais" ou " fizeram o abadá com defeito gramatical, cheio de consoantes".
Mas com sorte, os belenenses poderão - também - despedir-se deste que é um ícone da nossa cultura, cotado para ocupar a cadeira nº AEI da Academia Brasileira de Vogais.
Quanto a nos encontrarmos, tenho certeza de que será um grande prazer.
Kenneth Fleming
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