Sirvo-me deste blog para externar a minha solidariedade aos membros da magistratura trabalhista da 8ª Região — da qual, por sinal, fazem parte pessoas que amo e umas tantas que respeito e admiro profundamente —, que perderam o vale alimentação que recebiam, em face de decisão do Tribunal de Contas da União. De quebra, ainda terão que restituir, mediante descontos em seus vencimentos, os valores indevidamente recebidos.
Sou solidário a eles porque sabemos que a remuneração dos magistrados federais está muito defasada. Aqueles cinco dígitos antes da vírgula, que se aproxima da casa dos vinte mil reais (e para alguns ultrapassa), certamente é pouco para um juiz trabalhador e pai de família custear todas as suas despesas e ainda se alimentar adequadamente. A sociedade precisa se mobilizar em torno da ganhos mais altos para a magistratura. Os professores, por exemplo, podem esperar (e vão esperar, pois o tal projeto de lei para fixar um piso salarial para a categoria não tem previsão de ser feito).
Malvado esse TCU, não?
PS — Para que não me acusem de falsear a verdade, destaco que o vale alimentação deixou de ser pago em setembro de 2005, segundo o próprio Tribunal Regional do Trabalho. Menos mal. Minhas amigas ingressaram na carreira depois disso e nada têm a devolver.
2 comentários:
Ah!...mestre, mas este post é uma delícia...rsrsrsrsrs
Delícia, não, Juvêncio. Não sobrou dinheiro para comprar nada delicioso...
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