quinta-feira, 14 de dezembro de 2006

Quanto à segurança pública

Conheço o meu lugar e por isso não ficarei tecendo mil e um comentários sobre o secretariado de Ana Júlia. Já tem gente demais fazendo isso, a maioria sem saber onde o galo canta. Só quero permitir-me um elogio à escalação, no nome de Vera Lúcia Marques Tavares, para a Secretaria de Segurança Pública.
Conheci Vera na Secretaria Municipal de Assuntos Jurídicos, na época em que ambos fomos procuradores do Município. Acho que foi amor à primeira vista, pois ela é dessas pessoas de quem se gosta de graça. Como isso não faz um bom secretário, faço questão de afiançar o seu caráter, a sua seriedade e dedicação ao trabalho, os seus anos de luta nos movimentos de defesa dos direitos humanos (nos quais sua irmã também se notabilizava), a sua honestidade, dentre outras virtudes.
Não sei o que Vera entende de segurança pública. Mas o sujeito que exerceu a pasta nos últimos anos sabe menos que o meu cachorro, que pertence à quarta raça mais inteligente entre os caninos. O que sei é que a sua formação jurídica foi empregada, ao longo de muitos anos, a estudar e enfrentar o problema da criminalidade.
Sei que muitos dirão ser pernicioso o comando da segurança pública por uma pessoa que tem a defesa dos direitos humanos com bandeira. Não faltarão mal intencionados para sugerir a proteção dos bandidos e o menosprezo às vítimas. Coisa de gente medíocre, que não tem a menor ideia do que são direitos humanos. Acredito que Vera poderá imprimir à segurança pública uma dimensão humana.
Com isso, espero que se lembre que os agentes de segurança — policiais civis e militares, bombeiros, agentes penitenciários, etc. — são seres humanos e comem, se vestem, se locomovem, casam e têm filhos, etc., e por isso precisam de salários dignos, recebimento de diárias, progressão na carreira, estímulo à capacitação, inclusive em nível de educação superior e pós-graduação.
Que se lembre que os criminosos não precisam alimentar a sede de sangue que os sociopatas rubricados de "cidadãos de bem" manifestam. Só precisam pagar por seus crimes.
E que se lembre das vítimas, sempre discriminadas, desde a lei até a execução das "políticas" públicas. Inclusive para mostrar à sociedade que os direitos humanos, ao contrário do que os néscios e a imprensa insitem em afirmar, não é discurso para premiar o mal.
Ao menos uma bola dentro, Ana Júlia.
Felicidade, Vera! Deus te abençoe e inspite teus passos nessa missão que começarás em breve!
Os paraenses pedem paz.

8 comentários:

Eduardo André Risuenho Lauande disse...

Grande Randol, muito obrigado pelo apoio. Esta semana vou, com apoio do meu amigo diogenes Brandão, criar um layout bacana para meu blog e vou colocá-lo no meu Links preferidos. Mais uma vez, obrigado pelo apoio.
Lauande.

Yúdice Andrade disse...

Mas assim eu vou ficar todo prosa! Muito chique, hein? Um abraço.

Carlos Barretto  disse...

Olá, Yúdice.
Estamos esperançosos quanto a nova titular da segurança pública do Pará. Mais ainda, quando sabemos por vc, que além de mostrar equilíbrio e ser uma das inúmeras vítimas da insegurança, é conhecedor dos meandros da justiça.
É pena que na área da Saúde, absolutamente nada possa dizer do novo titular da pasta, além daquilo que se lê nos jornais.
Abs

Yúdice Andrade disse...

Pois é, caro Barretto, normalmente prestamos mais atenção aos nomes ligados aos assuntos de nossa área profissional. Mas fiquei com a sensação de que o futuro secretário de saúde não é muito conhecido por estas bandas. Seu currículo como administrador não esconde a escolha de caráter político. Mas pior do que o atual, será que será?

Felipe Ferreira disse...

Professor, com certeza pior que o atual não será. O conheço há algum tempo e sei de quem se trta. A reportagem de O liberal (pra variar...) não passa de balela. Outra reportagem será feita agora com os verdadeiros fatos, pois pelo fato de poucos paraenses conhecerem Halmélio Sobral, este jornalzinho mercenário e medíocre aproveitou para tentar enfraquecer o novo Governo. O fato é que, sobre esta conta do TCU, o culpado não foi o Secretário, pois nos autos consta que as notas fiscais fora do prazo só foram emitidas deste modo devido a falhas em Secretária do próprio Distrito Federal, algo como um impasse da capital, onde muitos ganham e poucos trabalham, e desta forma prazos vão se esgotando sem que muita gente dê conta disso,

Yúdice Andrade disse...

Grande Felipe, obrigado pelos esclarecimentos. Num momento em que tateamos às cegas, é bom termos alguma informação.

Anônimo disse...

No Pará, o estudo do problema da criminalidade ainda está engatinhando. Tem muito falatório e faz-de-conta em demasia.O enfretamento deste terrível drama entre nós tem sido feito quase às cegas e dissociado dos principais interessados neste serviço:o distinto público.Torço para que a Vera Tavares inove e não fique na mesmice de sempre.

Anônimo disse...

Olá Professor Yúdice!
Sou da turma DI8TA (CESUPA), já fui sua aluna e gostaria de saber sobre o caso de vazamento de caulim da empresa Imerys Capim Caulim em Barcarena.A empresa pagou alguma multa pelo dano? Foi processada?

Grata pela sua atenção,

Tâmara