Seguindo uma tendência mundial de descriminalização, a Espanha acabou de tornar lícito o abortamento voluntário. Veja:
O aborto agora é legal na Espanha. Mulheres, inclusive adolescentes entre 16 e 18 anos, que estejam até na 14ª semana têm direito de fazer aborto. Na quarta-feira (24), o senado espanhol aprovou em definitivo a chamada Lei de Saúde Sexual e Reprodutiva e da Interrupção Voluntária da Gravidez, que já havia sido ratificada pela Câmara dos Deputados em dezembro passado. A lei teve 132 votos favoráveis, 126 contrários e uma abstenção, sendo que entrará em vigor quatro meses depois da sua publicação no diário oficial. As informações são da Folha Online. De acordo com o texto, o aborto também é livre para mulheres até a 22ª que corram risco de morte ou ameças à saúde, ou que o feto tenha má formação. Nesse caso, o fato deve ser certificado por dois médicos. As gestantes que tiverem ultrapassado esse período poderão interromper a gravidez somente diante de anomalia fetal "incompatível com a vida" ou quando o feto sofrer de doença grave e incurável, fato que também dever atestado por um painel de médicos.
A lei que ainda está em vigor, de 1985, já permitia o aborto em casos de estupro, grave malformação do feto e dano à saúde física e psicológica da gestante. Dados divulgados pelo governo espanhol informam que , em 2009, cerca de 116 mil mulheres praticaram o aborto. O aumento foi de 3,27% sobre 2008. Destas, estima-se que mais de 10 mil tivessem até 18 anos de idade.
Fonte: http://www.conjur.com.br/2010-fev-25/espanha-legaliza-aborto-14-semana-inclusive-adolescentes
Ao falar sobre a ortotanásia, objeto da postagem imediatamente abaixo desta, mencionei que muita gente é favorável, mas teme declará-lo amplamente. O abortamento provoca reações ainda mais veementes, haja vista que a vida comprometida é a de um terceiro, e não a do próprio indivíduo que decide. Além disso, cuida-se de eliminar um ser plenamente viável. Aqui, a fogueira arde bem mais.
2 comentários:
Eu sempre quis muito ter filhos. Tive-os.
Sei que existem "n" métodos contraceptivos, muitos gratutitos, inclusive.
Há séculos sou a favor do aborto em caso de estupro, quando coloca a vida da mãe em risco e mesmo em caso de má formação do feto.
Mas, o mundo mudou, as coisas evoluíram e acaba acontecendo de uma camisinha furar, de uma mulher esquecer de tomar seu remédio, sei lá, acontecem tantas coisas que eu acho que só cabe a pessoa, no caso à mãe, é claro, que carrega em seu ventre esse novo ser que está por vir, decidir se quer ou não levar adiante uma gravidez não planejada e não desejada.
Eu, tive os filhos que planejei e na época em que quis tê-los.
Mas, acho que uma mulher tem sim o direito de interromper uma gravidez com segurança, sem que corra risco de vida. Fazer em hospitais credenciados, com médicos autorizados a fazerem.
Engraçado, hoje mesmo eu estava relendo aleatoriamentre algumas páginas do livro "Deus, um delírio" de Richard Dawkins e abri exatamente na página em que ele relata o caso daquele fanático religioso, Paul Hill, que matou um médico que fazia abortos...
Posso te assegurar que esse assunto acende um dos debates mais virulentos hoje em dia. A Igreja faz disso uma bandeira, porque tem a ver com seus dogmas e sua necessidade de manter o número de fieis. Curiosamente, não faz nem um décimo do barulho no combate, p. ex., à violência contra a mulher ou contra a criança, nem oferece a estas apoio quando em situação de risco ou já vitimizadas de alguma forma, sobretudo sexual.
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