quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Sem energia

A desavergonhada da Rede Celpa deve ter alguma coisa contra o bairro da Marambaia. Por aqui, são frequentes as quedas de energia. Hoje, contudo, a ordinaríssima concessionária de energia elétrica do Pará, quiçá inspirada nas Olimpíadas de Inverno, resolveu bater o próprio recorde e nos brindou com nada menos do que cinco interrupções de fornecimento ao longo do dia, a primeira em algum momento da madrugada. Algumas duraram poucos instantes; outras demoraram mais. A última ocorreu por volta das 21h30 e teve ter durado no mínimo 20 minutos.
Eu e Polyana fazíamos nossa filha dormir, mas como Júlia resistia um pouco e eu tinha coisas a fazer, saí para adiantar o que podia. Mas foi só entrar em meu quarto e a luz se apagou. Os instantes seguintes foram de cólera e de uma sucessão de palavrões, que eu lamento se terem perdido no ar, em vez de chegar aos ouvidos de quem merecia escutá-los.
O irônico do caso é que a primeira coisa que eu pretendia fazer no meu quarto era instalar um estabilizador, para proteger equipamentos que por enquanto estão ligados diretamente na tomada. Protegê-los, veja só, da permanente e insuportável instabilidade da Rede Celpa, a energia do Pará.
Deve ser por isso que estamos lascados.

PS Se lembrarmos que a COSANPA é pior ainda e que as operadoras de telefonia são odiadas em todo o país, ficará difícil dormir pensando em como é duro ser brasileiro.

O assunto não é novidade. Veja: http://yudicerandol.blogspot.com/2009/12/energia-do-para.html

5 comentários:

Frederico Guerreiro disse...

Meu amigo, por aqui pela ilharga do Médici a coisa não é tão diferente. A desculpa é sempre a mesma: caiu uma árvore na rua da Marinha. Qualquer dia eu processo a Marinha por deixar cair tanta árvore na rede de energia.

Em relação à bagaceira da Cosanpa, funcionários vieram cortar a água do meu vizinho num dia em que não havia àgua nas torneiras.
Foi até engraçado. Erraram o cano e cortaram a água da outra vizinha, e logo logo chegou o vizinho que deveria ter a água cortada. "Vai cortar o quê, porr...?", perguntou meu vizinho, já fedido e com a conta de água paga nas mãos. Os rapazes ficaram até sem graça, deu pena do péssimo treinamento dado a eles.

Meu poço artesiano foi meu melhor investimento na saúde da minha família.

Belenâmbulo disse...

Acho que a situação é ainda mais crítica na Marambaia "Oriental" (oposta ao Médici), onde eu morava. A água era um verdadeiro suco de tamarindo, faltava energia várias vezes ao dia, o telefone chiava, e a internet... a lesma lerda...

O jeito foi pedir para sair.

Ana Miranda disse...

Qdo eu morei em Tucuruí, convivia com essa falta constante de energia também.
Detalhe: Morávamos na vila da hidrelétrica. Dá pra acreditar?

Yúdice Andrade disse...

Engraçado, Fred, as árvores caem sobre a fiação elétrica mas não quebram o muro. Deve ser alguma nova lei da Física.

Já não és mais nosso vizinho, Wagner? Pena que foste embora com essa sensação negativa.

Dá para acreditar, sim, Ana. Na verdade, não me surpreende.

mário disse...

Oi. Fui morador do conjunto médici I e II há uns 9 anos e sempre convivi com esses incômodos e até hoje ainda temos essa situação por aí. Incrível e lamentável. O jeito foi pedir para mudar de estado. Um abraço.

Mário