O dinheiro brasileiro podia até não valer nada, mas geralmente era bonito, sobretudo quando o comparávamos com os dos demais países. Em 1994 veio o real, que ficou, e fomos nos adaptando a cédulas graciosas, baseadas em elementos da natureza brasileira. Prepare-se para, nos próximos meses, começar a ver um dinheiro diferente e bem mais vistoso, que está sendo chamado de a "segunda família" do real — segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, adaptada às exigências internacionais de segurança, num momento em que a nossa moeda começa a crescer em importância no cenário mundial.
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O visual é bonito, mas as cédulas, enormes — para facilitar a vida dos deficientes visuais —, serão mais difíceis de guardar e, por consequência, serão rapidamente amarfanhadas. E eu detesto dinheiro amarrotado! Mas há razões justas para o novo layout. O fato é que precisaremos nos acostumar. E, convenhamos, feio ou bonito, o que importa mesmo é que o dindim chegue ao nosso bolso, não?
Acréscimo em 4.2.2010:
O Portal G1 publicou hoje um interessante infográfico mostrando a evolução das cédulas brasileiras desde 1942. O cruzeiro (1970 a 1986) era horroroso, mas a Casa da Moeda acertou a mão nas cédulas homenageando Machado de Assis e Carlos Drummond de Andrade, principalmente este último, pois colocou de um lado a efígie do poeta, com um semblante de avozinho, e de outro um de seus mais belos poemas, "Canção amiga":
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Eu preparo uma canção
em que minha mãe se reconheça,
todas as mães se reconheçam,
e que fale como dois olhos.
Caminho por uma rua
que passa em muitos países.
Se não me vêem, eu vejo
e saúdo velhos amigos.
Eu distribuo um segredo
como quem ama ou sorri.
No jeito mais natural
dois carinhos se procuram.
Minha vida, nossas vidas
formam um só diamante.
Aprendi novas palavras
e tornei outras mais belas.
Eu preparo uma canção
que faça acordar os homens
e adormecer as crianças.
4 comentários:
Menino, para mim qualquer nota é liiiiiinda!!!
Não consigo achar dinheiro feio.
Eh...eh...eh...
Yúdice,
olha que inicativa bacana do TJE, mas vai dar o que falar...
Empresas contratadas para obras e serviços de engenharia ao Judiciário terão que disponibilizar vagas para egressos do sistema penal
Obrigatoriedade determinada pelo TJPA acompanha Resolução do CNJ e integra o programa ?Começar de Novo?, que será lançado no Pará no próximo dia 11
(02.02.2010-11h00) A partir de agora, todas as empresas que se habilitarem à licitações e conseqüente contratação para obras e serviços de engenharia no Tribunal de Justiça do Estado terão que disponibilizar vagas para contratação de egressos do sistema penal. Essa obrigatoriedade está estabelecida na Portaria de nº 0134 / 2010-GP, assinada pelo presidente do TJPA, desembargador Rômulo Nunes e publicada no Diário da Justiça Eletrônico de 29.01.2010. O ato acompanha a Resolução de nº 96 do Conselho Nacional de Justiça, como parte do programa “Começar de Novo”, que será oficialmente lançado em Belém no próximo dia 11, em solenidade no Hangar Centro de Convenções, com a presença do ministro Gilmar Mendes, presidente do STF e do CNJ.
O projeto objetiva a reinserção social de presos, egressos do sistema carcerário e cumpridores de penas e medidas alternativas. A determinação considera que se faz necessária a inserção do TJPA entre os primeiros órgãos do Poder Judiciário a institucionalizarem o projeto, tendo em vista a dimensão territorial do Estado e as enormes dificuldades daí decorrentes, que restringem as oportunidades para reintegração dessas pessoas. As ações promovidas como parte do projeto serão divulgadas no Portal do TJPA na internet (www.tjpa.jus.br) e nas mídias convencionais, sempre mencionando a razão social das empresas envolvidas.
Nos termos da Portaria, datada de 27 de janeiro último, todos os instrumentos convocatórios de licitações promovidas pelo TJPA, para contratação de obras e serviços de engenharia, conterão a obrigatoriedade da contratada em dispor de vagas para presos, egressos e cumpridores de penas e medidas alternativas, bem como a adolescentes em conflito com a lei, observando a proporcionalidade de 5% quando a mão de obra envolver de 20 ou mais trabalhadores e de uma vaga quando forem de 6 a 19 os trabalhadores a serem utilizados. As obras e serviços em andamento no TJPA poderão se adequar ao projeto, facultando às contratadas a disponibilização de vagas na mesma proporção.
Estabelece, ainda, a Portaria, que, na contratação dos outros serviços necessários ao funcionamento do Tribunal, deverá, sempre que possível, ser considerada a possibilidade da dispensa de licitação prevista na Lei nº 8.666, de 1993 (Lei das Licitações), para instituição dedicada à recuperação social do preso, deste que a contratada detenha inquestionável reputação ético-profissional e não tenha fins lucrativos.
fonte:(Texto: Linomar Bahia)site do TJE
ass; Anna Lins
Parabéns pelo seu blog, é realmente muito bom!
Um abraço
Fábio Schlickmann
Feio não quer dizer indesejável, Ana. Eu aceitaria, de bom grado, qualquer dinheiro feio de grande aceitação no mercado.
Já tinha tomado conhecimento, Anna. Realmente, é uma medida da maior significação e a polêmica que pode trazer não implica em que seja ruim, mas que a maioria das pessoas, por medo e preconceito, ainda não está pronta para conviver com os egressos.
Muito obrigado, Fábio. Vou lá dar uma olhada no seu blog.
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