segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Clandestinos

Ok, admito que ninguém mais tem paciência para reclamações sobre o trânsito de Belém e sobre a CTBel. Entendo, contudo, que se o cidadão se calar, a anarquia tomará conta em definitivo. Protestar é o nosso último rincão de esperança. Se não servir de nada, vale como um desabafo.
Esta manhã, na apurrinhação da confluência da Júlio César com Almirante Barroso, uma van clandestina dirigida por uma mulher de cabelos rastafari cortou a minha frente, no desafio. Ou eu parava, ou batia. Após se jogar sobre mim, cortou a frente de outro veículo, cujo condutor tomou um susto. Depois de passar por cima da sinalização pintada no asfalto, cruzou a Almirante Barroso já com o sinal fechado.
O melhor de tudo isso foi a presença de um gualdinha da CTBel no canteiro central da Almirante Barroso, olhando para a van com o maior desinteresse. Deixou-a passar sem uma apitada sequer, o que reforça a impressão de que existe, entre um clandestino e outro, uma forte relação de omissão ou de coisa pior.
Não parei ao lado dele para esculhambar porque isso me obrigaria a bloquear o trânsito e criar uma situação de risco, o que eu jamais faria. Essa raiva eu tive que engolir.

Acréscimo em 10.2.2010:
Na capa do Diário do Pará de hoje, a manchete: "Van 'corta' ônibus e 2 ficam feridos". De que estávamos falando, mesmo?

4 comentários:

Liandro Faro disse...

Amigo,

Me surgiu uma dúvida: qual a intenção de colocar esta expressão "dirigida por uma mulher de cabelos rastafari"?

Forte abraço.

Yúdice Andrade disse...

A intenção é permitir que as pessoas a identifiquem e se precavenham, caso tenham a infelicidade de cruzar o seu caminho. Ela é perigosa ao volante, independentemente de ser mulher e rastafári. No entanto, esta última característica, por ser muito peculiar, facilita bastante a identificação à distância.

Luiz Bentes disse...

Yudice, este trajeto referido por você é o que percorro todos os dias. Realmente fico indignado quando vejo estes abusos em relação ao "zebrado" o qual não é respeitado pelos motoristas nas "barbas" dos fiscais de trânsito sem que seja tomada por parte dos mesmos a mínima providência em relação ao fato. Acho que vou enviar um e mail relatando a CTBEL o fato, talvez tomem alguma providencia.

Yúdice Andrade disse...

O infortúnio do brasileiro, caro Luiz, é não acreditar que o poder público dê alguma atenção aos nossos protestos cidadãos. Mas, como disse antes, é importante que continuemos cobrando, sem parar e cada vez mais.
Se te responderem alguma coisa, avisa para nós.