quarta-feira, 24 de março de 2010

Está chegando a hora da escola

Uma das maiores preocupações que tenho na vida está se avizinhando. Refiro-me ao momento em que minha filha Júlia irá para a escola. Atualmente, ela tem um ano e sete meses, idade em que alguns pais francamente! já empurram seus bebês (sim, porque são apenas bebês) para mãos alheias, movidos seja pela necessidade, já que é uma dureza compatibilizar a tarefa educacional com nossas obrigações profissionais, seja pelo desejo mais ou menos inconsciente de se isentar da responsabilidade.
Eu e minha esposa jamais quisemos colocar nossa filha na escola muito cedo. Nesta fase, a principal função da escola é promover a socialização. Felizmente, Júlia é bastante desinibida e comunicativa, fala muito bem para a idade, é inteligente e curiosa. A escola seria uma alternativa para suprir deficiências nesse campo, mas não nos parece necessário por enquanto. Ela iniciará sua vida escolar somente no próximo ano, aos dois anos e cinco meses.
Ao longo deste ano de 2010, visitaremos as escolas que nos parecem viáveis, para termos tempo de sobra para uma tomada de decisão. Esta não é uma decisão fácil, pois dela depende a vida futura de uma criança. Isto não é drama nem exagero. É nos primeiros passos que fixaremos, na mente da criança, a sua relação com a escola, o gosto pelo estudo, o modo de interagir com professores e colegas, bem como teremos a oportunidade de estabelecer os valores que desejamos sejam por ela assimilados. Tolo é quem subestima o papel da escola nesta quadra da vida.
Desde que Júlia nasceu temos conversado com amigos mais experientes, escutado suas histórias sobre as escolas dos filhos, algumas boas, a maioria absurdas. Escolas irresponsáveis, professores malucos, foco no lucro e não na educação, metodologias deturpadas, além de alunos e pais repletos de preconceitos, valores invertidos e egocentrismo: essa tem sido a tônica. Por isso, há escolas que nem sequer visitaremos, pois já sabemos, de antemão, que não podem nos oferecer o que buscamos. E eu me refiro a escolas cantadas em prosa e verso como o que há de melhor na cidade.
Por enquanto, nada de nomes, para não ser acusado de leviano. Mas à medida que eu visite os estabelecimentos, que veja a coisa funcionando com meus próprios olhos, voltarei a escrever a respeito. E os nomes aparecerão. Afinal, vejo nisso um serviço de utilidade pública, para todos aqueles que, como nós, precisam cumprir uma das maiores tarefas que temos na vida.

10 comentários:

Adelino Neto disse...

Conselho de amigo: seja exageradamente criterioso ao escolher a primeira escola da Júlia. Falo com conhecimento de causa, pois já estou tendo dissabores na escola onde meu filho de 3 anos iniciou essa etapa da vida, há apenas dois meses.

Para você ter ideia, até agora não foi realizada nenhuma reunião de pais e mestres - que considero fundamental nesse processo de adaptação, afinal tudo é NOVO (para os pais e para as crianças).

Numa época em que tanto se fala nos perigos da obesidade infantil, em alimentação saudável e etc., o lanche oferecido pela escola (caso a criança não leve de casa) inclui refrigerantes, salgados tipo Skilhos e hambúrguer.

Eles me transmitem uma irritante sensação de displicência, por esses e inúmeros outros motivos. À primeira vista, parecia uma ótima escola. Todos foram muito simpáticos e solícitos quando visitamos. Agora, no papel de protagonistas, vemos as coisas como elas realmente são.

Lamentavelmente, as circunstâncias já me obrigam a considerar outra escola - e são apenas dois meses!

Fico na torcida para que seja diferente com vocês, amigo!

Um abraço!

Adelino Neto

Ana Miranda disse...

Eh...eh...eh...
Só para aliviar um pouquinho a sua preocupação, ou te preocupar ainda mais, sei lá... Você acredita que nem o Rodrigo e nem a Carol choraram no 1º dia de aula?
O Rodrigo, por ser o mais velho, me deixou arrasada, pois TODAS AS CRIANÇAS choraram quando os pais começaram a ir embora, ele olhou para mim e disse: "Pode ir mamãe, eu vou ficar com a minha professora".
Eh...eh...eh... eu fui chorando para casa, imaginando porque ele foi a única criança que não chorou. (até hoje não achei resposta).

Anônimo disse...

Põe ela no grupo escolar C.E.P.C. que fica na praça de república. Escola muito boa. De grande tradição para formar estudantes geniais. Tenham realmente muito cuidado com a educação de vossa filhinha. Ela merece. E vocês também. Bons estudos. Olha, não precisa matricular ela logo. Deixa pra fazer quando ela tiver uns 4 ou cinco nos. Não vão se arrepender. Viva o C.E.P.C. Eu estudei lá e minhas filhas também.
Eu adoro este blog, o mais inteligente da cidade.
Saudações.
Abigail Santos.

Anônimo disse...

Uma coisa que eu acho verdadeiramente interessante em Belém: Normalmente pessoas economicamente ascendentes buscam, depois do dislumbre inicial, um pouco de refinamento, polidez,seletividade. A classe média de Belém - é claro, existem honrosas exceções - parecem ter um determinado desfrute mórbido na truculência, na falta de senso de coletividade e de gosto. Tornam-se brutos, pouco civilizados, arrogantes, sínicos e ainda fazem escola disso, pois ensinam os seus filhos as mesmas "qualidades". Belém está longe de possuir uma elite econômica que deseje ser também cultural, aprimorada. Vou acompanhar com grande interesse os seus resultados. Boa sorte na sua busca.

Roberto Barros.

Yúdice Andrade disse...

Nós seremos, Adelino. Criteriosos até demais, até porque somos educadores, já lemos muita coisa a respeito, fizemos cursos e vemos como os nossos jovens chegam ao ensino superior. Além do mais, quero crer que temos bom senso. É justamente por isso que a escolha da escola sempre foi um terror para mim, mesmo sem ter dado sequer o primeiro passo, até este momento.
Espero que as coisas melhorem na escola do teu filho. E, se não for pedir demais, gostaria que me informasses via e-mail qual é a escola. Grato.

Não estamos preocupados com isso, Ana. Pelo contrário, se Júlia chegar à escola com essa postura, ficaremos felizes.

Conheço o seu estilo, "Abigail". Muita sorte sua ter sido aprovada hoje.

Exatamente, Roberto: por aqui, as pessoas se esforçam por ser o mais detestáveis possível. Isso se revela em cada uma de suas atitudes e, na escola, assume ares extremamente prejudiciais.
Pode deixar que compartilharei as informações de que dispuser.

Yúdice Andrade disse...

Valeu, Adelino. Informação registrada.

Tanto disse...

Amigo,

Eu optei pelo Colégio Moderno - estudamos lá eu e meus irmãos, minha mãe deu aulas lá e sempre tive uma boa relação com todos. Escutei críticas do tipo: é um colégio antigo, com tradição mas sem modernidade. Pois olha... São antigos sim, e isso pegando pelo lado bom da antiguidade - rígidos o suficientes, mas brandos o quanto necessário - pelo que sempre tivemos excelente equilíbrio. O que mais me encanta - são rígidos com a segurança das crianças (tanto no que se refere a quedas, baques, quanto na questão de apanhar na porta do colégio - um avô da minha filha só pôde pegá-la, certa vez, depois que falaram conosco por telefone para confirmar). No critério educação, sou amplamente satisfeito também - faço os deveres com minha filha e acho adequados, puxando sempre pela criatividade.

P.s.: não recebi um centavo por este comentário! Rá.

Ana Paula Sanches disse...

Oi professor!!!!
saudades!!!
Descobri mto por acaso seu blog e ADOREI!!!!

Olha, não sou mãe ainda! mas passamos (aqui em casa) por algo parecido! Escolher a escola para meu sobrinho!! Meu irmao e minha cunhada visitaram várias escolas!!
Gostaram mto de duas:
Step by Step : é bilingue, nao significa, claro, que sua fiha chegará em casa no primeiro dia falando ingles e português, nao, mas já vi crianças que estudam lá, bem novinhas e que já compreendem mtas coisas em ingles (obedecem comandos, etc...)Na minha opinião essa foi a melhor! pq nada mais util na vida de uma pessoa do q saber falar ingles (e outras linguas tbm) e a criança tem mta facilidade em aprender!!
Outra que gostamos foi a Meu pedacinho do céu, que tem proposta mto boa! agrega atividades em certos dias da semana (até pq sabemos que nao tem como estar toda hora, nessa idade, com tarefas e deveres! mas claro há o momento (óbvio) da aprendizagem!

acho que vale a pena uma visita!!

Ana Paula

Bruno disse...

Yure,

Como pai, claro, também tive essa preocupação.

Por isso, para que meus dois filhos começassem, preferimos uma escola menor, tipo "bairral".

Na escola deles, as turmas são pequenas (sempre menos que 10) alunos o que em gral garante um pouco mais de atenção.

Só que eu sou a favor de começar cedo sim, não para querer me "livrar" dos meus filhos, pois a minha esposa nessa época tinha dedicação integral a elas, mas pelo fato que você citou: a socializaão. Ainda que os dois sejam também comunicativos e inteligentes, percebemos (pricipalmente pelo mais velho, que "reinava" como filho único) que a escola trazia uma saudável convivência com crianças da mesma idade. No nosso caso, eles praticamente só conviviam com adultos.

Boa sorte com a sua escolha, mas com os pais que a Júlia tem, a escola não vai ter tão forte influência.

Abraços
Bruno

Polyana disse...

Dá uma olhada; http://www.terra.com.br/noticias/nomes-120anos/index.htm