sexta-feira, 26 de março de 2010

Dia de veredito

A Lei n. 11.689, de 2008, que alterou a processualística do tribunal do júri, tinha uma finalidade clara: aumentar as prerrogativas da defesa. Para tanto, se antes os trabalhos da instrução plenária começavam com o interrogatório do réu, agora este é o último ato a ser realizado. Assim, quando se pronuncia, o réu, diretamente e através de seu defensor, já tem conhecimento de tudo quanto foi produzido de provas, não correndo o risco de ser surpreendido com alguma providência tomada posteriormente.
Com o término do depoimento de Anna Carolina Jatobá, quase às 22 horas de ontem, encerrou-se a instrução do mais rumoroso julgamento criminal da história recente do país. Salvo surpresas o júri está sempre pronto para elas , a sessão hoje começará com os debates, a parte mais importante do julgamento, porque é nela que as partes farão o trabalho direto de convencer os jurados, sintetizando todo o processo, analisando as provas e sustentando as suas teses. É o momento de espancar as dúvidas e direcionar o pensamento dos juízes de fato.
Acusação e defesa têm uma hora e meia para falar, cada uma. Havendo réplica e tréplica (o normal é haver), mais uma hora para cada. Ou seja, se a sessão não começar com mais um atraso enorme, é possível que esta etapa esteja concluída antes do intervalo do almoço. De todo modo, a expectativa é que esta tarde conheçamos o veredito.
Continuo apostando na condenação, com folga.

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