terça-feira, 19 de outubro de 2010

Ah, moleque!

[Vez em quando, este blog faz concessões à banalidade do mundo. Ninguém é de ferro. Hoje, um impulso me obrigou a escrever esta bobagem postagem.]

50% da massa deste menino canadense
é constituída por cabelo
Tudo bem, eu admito o meu preconceito. Em minha opinião, um sujeito que usa um penteado desses merece umas boas palmadas. Sei que ele é artista e precisa ter estilo, presença, originalidade, mas esse penteado emo me provoca maus sentimentos.
O cantorzinho imberbe tem recebido frequentes menções na imprensa, por conta de aspectos, digamos, pitorescos de sua biografia. Por sinal, embora tenha apenas 16 anos, ele já lançou uma biografia! Imagino que há muito o que contar...
A mais nova é uma notícia tão pungente que chega a ser poética. Após lançar uma linha de esmalte de unhas, Bieber foi reprovado no teste teórico de direção. E chorou. Segundo a notícia da eBand, após a reprovação, o menino "se recusou a entrar no carro de sua mãe após não ter passado no teste e foi embora andando na chuva". Aqui, uma lágrima me escorre. O que escrevi acima sobre emos, mesmo? Mas vamos relevar porque, afinal, se eu ganhasse uma Range Rover e não pudesse dirigi-la, também choraria!
Peço aos eventuais comentaristas que evitem, por favor, comentários maliciosos sobre este fato. Do contrário, correm o risco de sofrer uma acusação de bullying homofóbico. Mas quem pensaria numa coisa dessas, não é, Luan?

5 comentários:

Ana Miranda disse...

Eh...eh...eh...
Taí um texto seu em que eu não cliquei em nenhuma indicação, sem preconceito, mas é que realmente NÃO INTERESSA...
Concordo, eu também choraria se não pudesse dirigir esse carrinho...
E que ele compre muitos outros carrinhos iguais a esse só de raiva.

Yúdice Andrade disse...

E não interessa mesmo, Ana. Por isso tratei de escrever logo outra postagem, para não comprometer (muito) a imagem do blog.

Victor Rabelo disse...

Como começar a falar de Justin Bieber e toda a nova onda de pseudo-artistas que caem de paraquedas no cenário musical, ora patrocinados por megaartistas -como é o caso do "talentosíssimo" Bieber, que teve ajuda do Usher, seu padrinho musical - ora por que são patrocinado pelos próprios consumidores de suas músicas, que parecem não ligar muito pra qualidade ou nunca tiveram contato com ela. De qualquer forma, o que temos: letra clichê, um menino egocêntrico aparentemente, músicas nada orginais e uma obsessão com o cabelinho lambido. Típico do pop? Não. Talvez típico dos anos 2000. A diferença é que antigamente pra ser artista tinha que driblar um mundo para mostrar o talento. Hoje o youtube permite em 5min ser uma celebridade; alguns merecidamente outros ficarão restritos aos 15min de fama. Em geral, o cenário musical atual é deprimente, embora muitos se salvem pelo talento puro, incluindo o supra citado Usher. Talvez seja a crítica de ver novos artistas como inexperientes, mas estou esperando que me provem o contrário com argumentos que não girem em torno de "Justin é o melhor, S2 coraçãozinho"...

Ana Manuela disse...

Hahaha, certeza que eu choraria por não poder dirigir uma Range Rover.
Mas esse menino, como todas essas pessoas que começam a fazer sucesso muito novas, tipo, Britney Spears, tem sérios problemas. É só ver que dia desses ele não sabia o que era "german". Que pessoa de 16 anos com possibilidades rasoaveis, não sabe o significado de "alemão" na própria lingua? Daqui pra frente a tendência e piorar.

Victor Rabelo disse...

Manuca falou um ponto importante: começar a fazer sucesso muito cedo. Nos EUA é muito comum programas infanto-juvenis para lançar novos talentos, entretanto, ao contrário do Brasil, esses programas são levados a sério lá fora. Inclusive, foi de um programa infantil que Britney Spears foi lançada no mercado da música (junto com outros artistas famosos, hoje em dia, como Justin Timberlake e Christina Aguilera). Não nos esqueçamos de Michael Jackson que apanhava do pai e ingressou nos Jackson5 em tenra idade, bem como Elvis Presley que começou com músicas gospel na juventude, a mais nova presa, Lindsay Lohan, fez sucesso desde pequena. Todos eles em maior ou menor proporção tiveram problemas graves com o sucesso, mídia e assédio.
Algunes destes tiveram a precoce morte (ou não) por sofrerem a pressão que Hollywood impõe. Afinal, não basta todo o assédio e dinheiro se eles são injetados em um local instável e desequilibrado, ora pela própria imaturidade e inexperiência, ora pelo deslumbramento que esse mundo causa naqueles que sucumbem iludidamente perante ele.
Porém, cabe frisar, que estamos falando de artistas de verdade. Justin Bieber só mostra que cair de para-quedas nesse mundo é ainda pior que galgar os disputados degraus da fama. De qualquer forma, que bom ter um padrinho como Usher para dar-lhe uma Range Rover toda a vez que perder um "astronauta" (prêmio) do Video Music Awards.