Jamais troquei de operadora de celular. Mas as operadoras, com o tempo, foram mudando.
Sou usuário de telefone celular desde junho de 1997. Na época, existia uma única provedora do serviço: a Telepará Celular. No ano seguinte, com o presidente Fernando Henrique Cardoso privatizando até a mãe, as estatais telefônicas entraram no bolo. A meta era fundir as companhias estaduais para surgimento das regionais. Assim, da fusão das companhias do Amazonas, Roraima, Pará, Amapá e Maranhão surgiu a Amazônia Celular, que manteve o monopólio do serviço em nossa região por mais seis meses, quando surgiu a NBT (Norte Brasil Telecom). Lembram-se da loja no finado Doca Boulevard?
Mais uns anos, foram surgindo novas empresas, cada uma prometendo seus mundos e fundos e eu lá, quieto no meu canto. Todos malhavam a Amazônia, considerando seus serviços caros e inferiores aos das concorrentes. Contudo, justiça seja feita, a Amazônia nunca me causou nenhum problema. Nunca.
Eu pagava caro, sim. Mas um dia um funcionário da Amazônia, na loja, exercendo o seu papel, recomendou-me uma troca de plano. Minha conta despencou. Até hoje pago valores razoáveis. Quanto ao serviço, nunca fiquei fora do ar. Quando viajava, entrava em roaming e continuava usando o telefone sem problemas. Que me lembre, jamais perdi uma chamada ou uma mensagem, seja originando, seja recebendo, por causa da Amazônia Celular. Quando fui trabalhar no prédio novo do Tribunal de Justiça — uma caixa de concreto que praticamente bloqueia os celulares — o único que funcionava era o meu. Meus colegas voltaram ao tempo em que fazíamos mandinga para conseguir sinal e eu, numa boa.
Para não dizer que não tenho queixas, reclamo da falta de promoções e bonificações para os clientes.
Eis que veio a venda para a Vivo — empresa que eu já odiava, por motivos bastante concretos ligados a duas pessoas de minha família, clientes dessa empresa. Temi as consequências. Mas o que é ruim sempre pode ficar pior: uma segunda venda e acabamos nas mãos da famigerada Oi. Eu sabia que ia dar m... problema. E deu, claro.
Agora, vez em quando, estamos fora do ar. É o que ocorre desde a última sexta-feira. Segundo me informaram, no ineficiente e desencontrado call center, um problema na rede tornou os celulares de vários usuários — eu no meio — estranhos ao sistema. Já "estavam trabalhando" e até o dia 10 o problema seria resolvido. Liguei ontem e não havia novidades. Apenas a promessa de solução ontem mesmo.
Pois bem, hoje é dia 11 e não há o menor indício de que poderei voltar a fazer ligações. E isso concretamente me atrapalhou muito ontem. De que me adianta um celular se não posso ser um ligador, mas apenas um recebedor?
Felizmente, o sistema continua funcionando: a fatura deste mês já chegou.
Acréscimo em 3.8.2009:
Somente hoje, após quase uma semana inteira fora do ar, consegui fazer uma ligação. Finalmente.
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