Em um julgamento muito aguardado e de grande repercussão, o Supremo Tribunal Federal decidiu esta semana que a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos continua gozando do monopólio postal no Brasil. "Cartas, cartões postais e correspondência agrupada" constituem material que só pode ser transportado e entregue pelos Correios. Mas a entrega de encomendas pode ser feita por outras empresas.
E, de fato, atualmente existem diversas empresas de entrega. A terceirização e a quarteirização são a tônica. Vem aí a quintairização. Digo isso porque ontem recebi um pacote em casa, de uma compra que fiz através do comércio eletrônico. Quando me tornei adepto desse tipo de comércio, as entregas eram feitas em bonitas vans amarelas dos Correios (nem precisava ser SEDEX). Depois vieram as Kombis, de empresas terceirizadas — veículos cada vez mais maltratados. Mas ontem a entrega foi feita por uma jovem, que chegou de bicicleta, com alguns pacotes pequenos numa cestinha instalada na magrela. Estava vestida de um jeito que sugeria ter saído de casa do jeito que se encontrava.
Imagino que os Correios não firmaram contrato com pessoa física, por isso identifico aí a quarteirização. Pelo andar da carruagem, daqui a pouco o filho dessa moça vai trazer o meu pacote, pilotando um patinete. E cada um que chega tem um jeito próprio de fazer a entrega: uns querem ver a carteira de identidade, uns querem fazer a entrega apenas ao destinatário, outros se contentam com a assinatura, outros não querem saber de nada.
Só espero que minhas encomendas continuem chegando.
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