Como em Belém o povo é só um detalhe, ainda não apareceu ninguém da Prefeitura ou da CTBel para esclarecer o que se pretende com a divisão ao meio das quatro faixas de rolagem da Almirante Barroso — providência que será empregada em toda a sua extensão, a julgar pela faixa contínua pintada na semana passada. Se alguém souber me dizer, agradeço desde logo.
Como não entendo de engenharia de trânsito, só posso fazer suposições. Presumo que pretendam instituir faixas obrigatórias, separando os tipos de veículos e, assim, assegurar maior fluidez ao tráfego. A ideia, em si, não é má, porém já foi tentada naquela mesma via (e também na Magalhães Barata, antes mesmo da inversão de sentido realizada há mais de uma década), sem sucesso, devido a um componente que jamais pode ser ignorado: o detestável temperamento de nossos motoristas.
Além disso, sempre se precisa resolver o que fazer para que os veículos possam manobrar, a fim de converter às tranversais ou acessar garagens e estacionamentos. Se alguém pensou em manter o sujeito restrito a duas faixas a Almirante Barroso inteira, delirou. Ela não é uma via expressa e medidas como essa pressupõem que haja rotas alternativas eficientes, o que, definitivamente, não é o caso de Belém.
Enfim, hoje eu respeitei a faixa e me meti num pequeno aperto, que não foi maior porque vários motoristas continuaram manobrando como antes, batendo os pneus naquelas tranqueiras amarelas (qual é o nome daquilo?) que foram instaladas no asfalto.
Sei não, mas não estou com uma boa sensação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário