Violência sempre existiu e sempre existirá. Por esse e outros motivos, não faz sentido postar sobre este ou aquele caso, até porque este blog (felizmente!) não tem nada a ver com caderno policial de jornal. Volta e meia, contudo, algum caso me atinge, seja porque ocorreu em minha cidade, ou com pessoas conhecidas minhas, ou porque o fato em si mexeu com os meus nervos.
Nesta última categoria se insere o caso da menina de 4 anos, espancada brutalmente no Município fluminense de São Pedro da Aldeia. Basta ver as costas da criança para se ter uma pálida ideia do horror por ela vivido.
Dois dias atrás, numa quedinha doméstica, minha filha bateu a boca, fazendo lesões nos lábios e sangrando por algum tempo. Devido à dor e ao susto, ela chorou intensamente por algum tempo. Eu estava em casa, na hora, e posso dizer da minha aflição diante da cena, mesmo ciente de que não havia nenhum dano relevante, como de fato não houve. Mesmo assim, o mal estar diante do sofrimento dela é algo angustiante.
Como então, meu Deus, é possível que alguém provoque um sofrimento incomparavelmente maior, de caso pensado?! Como alguém pode ver isso sem problemas? Como alguém pode fazer isso?
Não peço nem espero respostas, até porque estou sempre lendo alguma coisa sobre a mente ou o comportamento humano, e particularmente sobre as implicações criminológicas disso. Esta postagem é só um desabafo, mesmo. Exteriorização de um real sentimento de indignação.
PS — O acusado, padrasto da menina, está preso.
5 comentários:
Sem comentários.
Vida longa a ele. Para ele apodrecer na cadeia.
Se ninguém contar aos demais presos o que ele fez...
Professor, nenhum estudo neurológico, psicológico, teológico, e nem nenhuma outra ciência vai nos ajudar a entender. Estará sempre além de nossa compreensão. Graças à Deus.
Ia escrever umas coisas aqui, mas a Ana Miranda, incrivelmente, me furtou todas as palavras - "Sem comentários.
Vida longa a ele. Para ele apodrecer na cadeia."
Verdade, Luiza. Enquanto não conseguirmos entender - e principalmente tolerar - isto, ainda há esperança para o mundo.
Então está dito, Fernando.
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