Entreouvido no corredor de órgão público, na hora da entrada.
Uma senhora se aproxima de outra, que se presume ser sua colega, a avisa que em um determinado local haverá uma programação ma-ra-vi-lho-sa para o dia dos namorados. A interlocutora nem deixa que ela prossiga:
— Ótimo para quem tem namorado. Para quem não tem...
E vai embora sem se despedir.
Para que mexer em casa de caba, meu Deus?!
6 comentários:
Incrível como algumas pessoas levam de forma tão séria o dia dos namorados. Ok, é um dia bonito, bacana de ser vivido, uma dose extra de romantismo no meio da correria. Mas é só - pelo menos para mim. romantismo, namoro, momento especial... Mas fazer disso motivo de mágoa, chateações ou coisa que valha...
Sempre tem aqueles que dizem: "Dia dos namorados é todo dia", mas, convenhamos, quem não capricha mais no visual nesse dia? Quem não faz sexo mais apimentado, usando uma fantasia qualquer?
Meu problema ultimamente é querer apimentar tudo TODOS OS DIAS. Mas isso passa. E aí, vem o dia dos namorados e...
Rssss
Yúdice,
nenhuma palavra sobre o HC da Desmebargadora!!! Porque será?
A mágoa é não ter uma costelinha, Fernando. Isso é que doi...
No visual eu não sei, Ana. Mas acho que as pessoas ficam tão focadas em fazer algo diferente e especial que acabam fazendo, mesmo. Se essa preocupação existisse no restante do ano, seríamos todos mais felizes, não?
Isso é coisa de solteiro recente, Barrettão!!!
Ricardo, não gostei do seu tom. "Por que será?" Está sugerindo que eu tenho algum motivo inconfessável para não tratar disso?
Sabe por que eu não trato do assunto? Porque eu não tô a fim. E antes que você pense que esta é uam resposta malcriada, já expliquei neste e no meu outro blog que não gosto de tratar dos assuntos de que todo mundo está falando. Isso explica o suficiente?
Não ter "uma costelinha" é algo que sempre incomoda, especialmente as mulheres. No fundo, no fundo, todo mundo acredita que é "impossível ser feliz sozinho". Não há vergonha nenhuma nisso, afinal, é uma delícia ter alguém pra fazer companhia sempre, compartilhar os sonhos, os projetos.
Datas especiais sempre expõem fragilidades. O Dia dos Namorados incomodam os que não tem um companheiro; o Natal e o Reveillon machucam os que não tem ou estão longe da família. Os Dias das Mães e Pais deixam saudosos pais e filhos separados, seja pela vida ou pela morte.
Sim, seríamos mais felizes se agradássemos e fossemos agradados todos os dias, mas, de forma "grandiosa", é utopia. Podemos demonstrar diariamente em pequenos gestos, mas gosto de datas que nos inspirem a fazer mais.
Postar um comentário