quarta-feira, 16 de abril de 2008

Adendo

A famosíssima série de TV americana, CSI: Crime Scene Investigation, hoje um dos programas televisivos mais bem sucedidos e assistidos no mundo inteiro (especialmente a versão Miami, que é mais passional), já exibiu casos como o que se supõe seja o de Isabella Nardoni. Ou seja, uma pessoa, supondo que a vítima está morta, acaba matando-a de verdade e simulando uma situação de acidente ou ação de terceiros.
Quem sabe o programa não teria servido de inspiração para o casal acusado, sabendo-se que Alexandre, inclusive, é formado em Direito? Afinal, as situações ali mostradas podem servir de orientação para pessoas mais sofisticadas, que desejem cometer crimes (ou ocultá-los).
Mas se assim for, a principal lição de CSI não foi aprendida: os crimes perfeitos, se não impossíveis, continuam sendo uma raridade. Sempre há uma falha. E quanto mais elaborada a fraude, mais fácil é encontrar algum vestígio.
Se a cena foi inteiramente lavada para ocultar sangue, podemos encontrar gotículas desse mesmo sangue no encanamento da casa. Se impressões digitais foram apagadas, apagaram-se todas, e nenhum ambiente pode ser desprovido de impressões. As suspeitas recairão sobre as pessoas que teriam acesso ao ambiente para limpá-lo. E por aí vai.
Cometer crimes é uma lição que não se aprende com perfeição. Por isso, os criminosos mais audaciosos do mundo não se escondem: eles são escandalosos e matam em público, brutalmente. Confiam na impunidade que obtêm pela força, não pela inteligência.

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