Mais um pouco de o mundo muda. O atual presidente de Cuba, Raúl Castro, autorizou a aquisição, pelo cidadão comum, de certos bens de consumo que seu irmão proibia — coisa que não consigo entender. O provável é que fosse uma forma de não se curvar ao capitalismo, esses excessos ideológicos que comprometem o bem estar dos povos. E mesmo assim a autorização foi dada porque os bens são importados da China, o último bastião do comunismo no mundo.
Não pense que me refiro a bens altamente sofisticados. Os cubanos estão adorando poder comprar panelas de pressão e aparelhos de DVD. Os carrinhos da Kia (Picanto) estão chegando por lá, também, o que mudará o cenário de automóveis com décadas de existência, que ajudava a fazer de Cuba um mundo à parte, inclusive na aparência.
Mas o poder aquisitivo da população é muito baixo. As lojas estão cheias, mas isso não é garantia de vendas. Os cubanos ainda precisarão aprender a guardar para, um dia, comprar.
O mais interessante nisso é o depoimento de alguns entrevistados, que dizem que a medida fará os cubanos se sentirem melhor vivendo no próprio país. Portanto, uma iniciativa tão simples é capaz de mexer com a autoestima de todo um povo. Um governo mais sensível, parece-me, já poderia tê-la implementado bem mais cedo.
Quero ver o que dirão os adoradores do regime de Fidel.
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