Meta não revelada nas anunciadas propostas do movimento “Alerta Pará”, lançado ontem no Hilton, por entidades empresariais, entre elas a Faepa, indica que os ruralistas vão influenciar ao máximo nas eleições municipais de novembro para eleger o maior número de prefeitos comprometidos com as causas patronais no campo. Fonte do setor da agroindústria avalia que prefeitos aliados serão estratégicos para evitar o avanço do “Estado ambiental e policial” que proprietários rurais vêem em andamento no Pará. (Repórter Diário, hoje)
O "capitalismo moderno" defendido nesse evento de empresários já era moderno no século XVIII. Deter o avanço de um tal "Estado ambiental e policial" significa apenas uma coisa: impedir que leis, regulamentos e políticas estatais de preservação do meio ambiente impeça a única coisa que interessa a essa gente, que é lucrar desmedidamente, sem qualquer tipo de preocupação ambiental ou com custos sociais. Foi assim até aqui e não ainda não apresentaram exemplos de uma mudança de atuação.
Mas o errado é o Estado que coíbe e qualquer um que se insurja. "Prefeitos comprometidos com as causas patronais no campo." Disseram tudo. Prefeitos que não serão eleitos para suprir as necessidades dos povos locais, mas apenas para prestar seus serviços ao agronegócio.
Se a República brasileira ainda vive, estes são seus últimos estertores.
2 comentários:
Não terá sido por fervor cívico que o escritor, filósofo e consultor de empresas Denis Lerrer Rosenfield desembarcou ontem em Belém para despejar uma torrente de preconceitos contra o MST e os movimentos sociais em geral. Abobrinhas a peso de ouro, apresentadas sob o invólucro falsamente acadêmico, para uma elite tão colonizada que não estaria satisfeita com um "consultor" que ostentasse um sobrenome comum, Silva ou Pereira, por exemplo.
A "palestra" recheada de afirmações surreais - "O MST é hoje um organismo rico" - e de um indisfarçável mau-caratismo intelectual - "Quanto mais terra tiverem, mais poder acumularão"-, teve ainda um tempero típico da finada Guerra Fria, com os costumeiros alertas contra o perigo vermelho e seu "totalitarismo socialista". Resta saber quanto efetivamente custou - aos cofres públicos que sustentam os sindicatos e federações patronais - essa nostálgica sessão das alegres viúvas do regime militar.
ABRAÇO.
É, meu caro, pensei do mesmo modo que você, daí minha irresignação. Gostaria de ver tuas dúvidas (e minhas) respondidas. Mas não creio que veremos.
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