Quando fui advogado do Sindicato dos Médicos do Pará, na grata companhia de minha querida Silvia Mourão, estive em alguns eventos onde ficou clara a preocupação, dos próprios profissionais, vários deles professores, com a crescente deficiência na formação acadêmica dos novos médicos. Um dos problemas lembrados era a progressiva desumanização: as universidades não se preocupam em fixar, na mente dos estudantes, que lidam com seres humanos e que precisam ser, além de técnicos, decentes e interessados na relação médico-paciente. O bom médico não é apenas o que sabe diagnosticar, prescrever, requisitar, operar. Ele também sabe fazer o paciente se sentir respeitado, não apenas em sua doença, mas em suas aflições e dúvidas.
A necessidade agora torna ainda mais evidente a crise, na medida em que a formação técnica também é questionada. E não estamos falando daqueles fantásticos diagnósticos que os protagonistas do seriado Plantão médico são capazes de fazer em questão de segundos, como se tivessem enciclopédias dentro dos crânios. Falo de coisas bem mais prosaicas, como a agressividade da disseminação da dengue no Rio de Janeiro.
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