sexta-feira, 2 de julho de 2010

Cavaillé-Coll

Ainda embevecido pela noite musical de ontem, quis saber um pouco mais sobre Aristide Cavaillé-Coll, o homem de aparência austera que você vê na imagem ao lado.

Nascido em Montpellier aos 4 de janeiro de 1811, tornou-se, na opinião de muitos, o maior organeiro do século XIX. Não foi apenas um construtor, mas um inovador, que introduziu diversos melhoramentos na técnica de construir esses fantásticos engenhos, tais como a "paleta sonora" e o desenvolvimento de um modelo para produção em série. É considerado o criador do órgão sinfônico. Além de artista, era também um cientista (o que de certa forma é até uma afirmação óbvia), tanto que publicou diversos artigos científicos sobre seus inúmeros experimentos e pesquisas, aplicados ao universo da música. Morreu em 13 de outubro de 1899, tendo seu corpo sido enterrado no cemitério de Montparnasse, em Paris.

Felizmente para todos, seu legado prosseguiu através do restaurador Charles Mutin (1861-1931).

Em 1975 foi fundada a Association Cavaillé-Coll. Organizados e cientes do enorme valor dos órgãos produzidos pelo mestre que mais do que instrumentos musicais são prodígios da arquitetura acústica e verdadeiras obras de arte , os responsáveis pela associação mantêm uma lista detalhada de todos os existentes no mundo. Graças a ela, soube que no Brasil existem doze deles, sendo cinco no Rio de Janeiro, quatro em São Paulo (capital, Campinas, Itu e Jundiaí), um na Bahia, um em Minas Gerais (Município de Monte Carmelo) e o nosso, cujo registro é este:


Lieferdatum: 22 de setembro de 1882. Temos um prodígio de quase 128 anos de existência, funcionando maravilhosamente. É nosso dever assegurar que seja preservado para as futuras gerações. E que seja utilizado, para o nosso deleite.

2 comentários:

Ana Miranda disse...

Aqui em J.F. começa dia 11/07 e vai até dia 31/07 vários concertos de música clássica em vários pontos da cidade.
Os concertos acontecem ao ar livre, em cafés, cinemas, teatros, igrejas, escolas...
E o mais legal é que é tudo "de grátis".

Yúdice Andrade disse...

Tem que ser gratuito, mesmo, Ana. Todo Município deve fomentar a cultura e promover, anualmente de preferência, pelo menos um grande festival do que for, sem esquecer de valorizar os costumes e preferências locais.
Admite-se que haja um ou outro evento mais grandioso e por isso mesmo pago, mas a grande gama dos eventos deve ser gratuita, na rua, para o proveito de todos.