Sem energia (só para variar)

Há algum tempo, deixei consignado o meu protesto contra a péssima qualidade do serviço prestado pela Rede Celpa. Foram duas reclamações aqui no blog. Esta é a terceira. Após um tempo de relativa calmaria, a nossa querida concessionária que se atribui o epíteto de a energia do Pará voltou a mostrar inequívoca inoperância. Não sei qual é a bronca com o meu bairro, mas por lá o fornecimento de energia anda sofrendo interrupções quase diárias. Aconteceu nos últimos dois dias, felizmente por pouco tempo, mas no último sábado a descontinuidade durou mais de duas horas.
Imagine-se sem energia por mais de duas horas num final de tarde de Belém do Pará. O calor se torna opressivo (já repararam como nesta cidade, hoje em dia, quase não venta?). Eu não podia ler nem ligar qualquer tipo de equipamento. Sinceramente, fiquei tão enfurecido que acabei tendo dor de cabeça. Literalmente.
E não adianta ligar para a Rede Celpa. "No momento, todas as nossas linhas estão ocupadas. Tente novamente mais tarde." Você pode ligar quantas vezes quiser e será inútil. E assim ficamos, sem socorro, sem ter a quem recorrer.
Cada vez que a luz apaga, só consigo pensar no Código de Defesa do Consumidor. Veja:

Art. 20. O fornecedor de serviços responde pelos vícios de qualidade que os tornem impróprios ao consumo ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade com as indicações constantes da oferta ou mensagem publicitária, podendo o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:
I - a reexecução dos serviços, sem custo adicional e quando cabível;
II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos;
III - o abatimento proporcional do preço.
§ 1° A reexecução dos serviços poderá ser confiada a terceiros devidamente capacitados, por conta e risco do fornecedor.
§ 2° São impróprios os serviços que se mostrem inadequados para os fins que razoavelmente deles se esperam, bem como aqueles que não atendam as normas regulamentares de prestabilidade.

Todos os meses, pago uma conta generosamente elaborada pela Rede Celpa, mas não consigo sequer explicações sobre por que não posso trabalhar direito, dormir direito, usar meus equipamentos. Pedidos de desculpas, então, nem se fala!
Já está na hora de alguém tomar uma providência judicial. Quem sabe individual, já que quem poderia tomar medidas coletivas não se interessa em fazê-lo. O problema são as dificuldades de agir sozinho.