Brasil é país onde fazer faculdade mais aumenta o salário
Segundo estudo da OCDE com 30 países, no Brasil diploma garante aumento de 156%
Investir em uma formação de ensino superior resulta em ganhos futuros. A conclusão faz parte de relatório divulgado nesta terça-feira, 13, pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Segundo o documento, no Brasil, ter curso superior resulta em um aumento de 156% nos rendimentos. Um salário mínimo de R$ 545 seria elevado para quase R$ 1.400, por exemplo. Um salário de R$ 2 mil viraria R$ 5.120 com curso superior. É o mais alto índice entre todos os 30 países pesquisados.
Eu acredito que a educação tem valor por si mesma. Ter o conhecimento já justifica nossos esforços em obtê-lo. Mas isso não muda o fato de que nós também dependemos dele para assegurar nossas condições de subsistência e nossas oportunidades de progresso. Logo, também é perfeitamente natural e desejável buscar a educação como forma de crescimento socioeconômico. Isto explica, ao menos em parte, o aumento da procura pelo ensino superior nos últimos anos, mas infelizmente não enseja um aumento na qualidade.
A lástima é que muita gente procura o título que lhe habilite ao exercício de certas profissões ou funções públicas, mas não está verdadeiramente interessada (às vezes, nem um pouco interessada) no conhecimento, no desenvolvimento da ciência, no progresso da sociedade. São carreiristas, que buscam o lucro e uma certa espécie de sucesso, mas não importa exatamente como.
Ontem mesmo tive um curioso exemplo disso. Uma pessoa envolvida na organização da V Conferência dos Advogados do Pará me relatou ter sido procurada por uma cidadã indignada, que desejava cancelar sua inscrição e receber o dinheiro de volta. Motivo? Descobriu que a frequência era controlada por meios eletrônicos (leitura do código de barras do crachá, feita toda vez que se entra ou sai do auditório). Assim, quem fica só 10 minutos tem contabilizados somente... 10 minutos! Logo, não recebe o certificado. A dita cuja disse na cara da organizadora que não estava "nem aí" para palestras, temas, informações; só queria as horas de atividade complementar, para poder se formar. Ou seja, uma aluna ideal, do tipo que eu quero na família!
Eu nem lamento mais esse tipo de gente. O mundo anda tão competitivo que eu quero crer que eles serão tragados pela própria mediocridade. Não é lá uma grande certeza, mas ao menos um prognóstico razoável. Já quanto aos estudantes que levam a sério, as oportunidades se abrem. Até porque muitas vezes as oportunidades dependem de referências, cartas de recomendação, consultas pessoais, etc. E uma coisa é certa: professores passam a conhecer seus alunos. Quando são consultados, sabem o que responder.
E você? Que valor dá à educação?
2 comentários:
Como universidade pública é feita por quem já garantiu isso, o que mais adoram agora é formar docente o mais vagabundo possível para manter essa gentalha o mais longe disto
Rapaz, eu simplesmente não entendi o que você quis dizer.
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