Todos já ouvimos dizer que a maternidade transforma a mulher, deixando-a mais emotiva, mais bela, mais forte. Que a mãe passa a se dedicar de corpo e alma ao filho, que é um amor incondicional, etc.
A primeira-dama de França, a atriz e cantora Carla Bruni-Sarkozy (43) merece um capítulo especial no livro sobre a história da maternidade. Ela concedeu ontem uma entrevista ao jornal Le Parisien, na qual explicou seu desejo de que seu filho nasça logo. Quer ver o seu rostinho, sentir o seu corpinho, cobri-lo de beijos, não é?
Encantador...
10 comentários:
Que vergonha.
E olha que ela é sempre tão politicamente correta...
Tônia.
Yúdice, por coincidência, acabei de postar algo bem parecido no Flanar.
Acho que sofremos o fenômeno da sincronicidade, catalizados pela Carla Bruni...
abraços.
Politicamente correta? sé se for na politica francesa onde tudo que vier de fora e de ultima classe. Essa Carla bruni e do time da Luana Piovanni, " bonitinha mais ordinária".
Yúdice,
A declaração de Carla Bruni apenas comprova que maternidade não é instinto, ela é um mito cultural e cada mulher dá-lhe o valor e o tamanho de acordo as suas considerações pessoais. Algumas mulheres gostam, desejam ser mães; outras nem tanto...a filósofa francesa Elizabeth Badinter que o diga. Um abraço.
É uma lástima. Sem dúvida.
Mas minha obstinação, por alguma razão, impele-me a perdoá-la.
Rssss
Mas do jeito dos franceses, talvez, Tônia.
Vai ver que é influência remota do Barretto, Scylla.
Das 12h39, permita-me discordar. No quadro geral, Carla Bruni é infinitamente superior a Luana Piovani até morta e do avesso. Pelo menos ela tem algum conteúdo.
Verdade, Lilica. Tive uma longa conversa com minha terapeuta sobre a questão da maternidade e ela me explicou sobre isso. Mas não sei quem é ou foi Elizabeth Badinter. Poderia procurar no Google, claro, mas agradeceria se você mesma me explicasse o contexto dessa referência.
Barretto, eu simplesmente não penso em Carla Bruni sem me lembrar de ti!
Yúdice,
Elizabeth Badinter é uma filósofa francesa contemporânea, autora de diversas livros que tem como temática a subjetividade feminina. Um dos mais conhecidos livros dela chama-se "O Mito do Amor Materno". Recomendo. Bom fim de semana.
Eu também não penso em Carla Bruni sem pensar o Barretto!
concordo plenamente com a lilica.yúdice,nunca se deixe enganar por essas histórias de "toda mulher nasceu pra ser mãe","a mulher encontra sua razão de existir na maternidade".algumas ou várias com certeza correspondem muito bem a isso,mas nem sei se são a maioria.no entanto,tive a oportunidade de presenciar casos que desmentem completamente essas frases.eu ,particularmente,não vejo a maternidade como algo sagrado ou divino ou obrigatório.pra mim,é algo importante(a paternidade,idem) que deve ser tratado como tal e que gere satisfação à mãe.no entanto,tem muitos contras ,além dos prós,especialmente a gravidez.o que percebo é a carla bruni adora uma farra e(ainda bem) não faz isso enquanto está grávida,mas está morta de saudade.creio que várias mulheres,de repente ,com a gravidez,se encontram em situação semelhante,mas seria muito "feio"expor isso tão claramente como o fez a moça.sei lá se isso vai afetar a dedicação dela ao filho,espero sinceramente que não,mas não seria ruim exterminar esse mito de gravidez divina e tentar ver a situação de forma mais racional e fria.me parece mais um daqueles padrões de comportamento que aprisionam as mulheres.só pra esclarecer que não sou simpatizante da carla bruni e espero que a cerveja e o cigarro não a impeçam de ser boa mãe.
Agradeço a referência, Lilica.
Não tem como, não é, Luiza? A coisa ficou meio totalizante!
Das 10h28, minha postagem acabou passando a impressão de que eu também acredito na sacralização da maternidade, mas justamente por conta da conversa que tive com minha terapeuta, mencionado em minha resposta anterior, já superei isso. Agastei-me com o comentário da Bruni e acabei passando uma impressão indevida.
No mais, concordo que esse pensamento idealizado é muito ruim para as mulheres, que impõem a si mesmas exigências sobre-humanas, além das que são impostas por terceiros.
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