Há cinco dias comentei sobre o caso do delegado de Polícia Federal que foi condenado por plagiar uma dissertação de mestrado. Agora vem a lume o caso de um juiz do trabalho (da 1ª Região — Rio de Janeiro) que, para ser contratado por uma instituição de ensino superior, apresentou documentos particulares apresentando-se como mestre e doutor em Direito. Mas, com o passar do tempo, sem apresentar os documentos efetivamente capazes de comprovar essa titulação, acabou sendo descoberta a falsidade. Resultado: o magistrado acabou de ser denunciado pelo delito de falsidade ideológica.
Segundo entendo, como o juiz colocou a informação falsa em documento por ele mesmo subscrito, não apresentando nenhum documento público ideologicamente falso, sujeita-se à pena de 1 a 3 anos de reclusão, além de multa.
Seja como for, já é feio o bastante.
Custa-me crer que o protagonista dessa história tenha acreditado que a verdade nunca fosse aparecer ou que ele pudesse dar um jeito de minimizar o caso. Enfim, se havia um plano, deu errado.
Passarei a usar esses casos na minha relação com os alunos, quando precisar lhes falar sobre os malefícios da cola. Passarei a dizer-lhes que eles podem até se formar e conseguir algum cargo. Mas será que se tornarão agentes públicos com esse perfil?
6 comentários:
Yúdice, o conhecimento formal da academia ou de outra instituição de ensino e formação, pode ser aprendido por todos, desde que tenham um mínimo de quoeficiente de inteligência. Mas ser PROFISSIONAL, eu duvido. Ninguém se torna uma referência na área em que atua, colando. A máscara desse juiz.
Correto, Lilica. A conduta aqui descrita não pode ser minimizada, porque claramente intencional, que exigiu inclusive uma ratificação verbal por muito tempo, até que a instituição checasse as informações por conta própria. Ninguém faz isso por engano.
Estou curioso para saber qual será a tese defensória do juiz.
Esse "CATA BRIGA" deveria ser sumariamente expulso da magistratura, para felicidade geral da nação e para que não fique catando briga lá casa do c.......!
Uma pena a atitude do magistrado, mas a atuação dele é ainda mais recriminável como docente. É isso que mais envergonha. Para mim, o fato de ser juiz é de menos importância diante da sua condição de professor, que exige conduta ética mínima e respeito aos alunos e à instituição na qual trabalhava.
Pelo menos esse não irá lecionar tão cedo!
Yúdice, o aluno que cola é facilmente identificável na prova oral. Prof. Clementino adora fazer esse teste.
Das 14h47, não creio que seja o caso de expulsá-lo da magistratura, mas decerto que é constrangedor para toda a instituição ter um membro que se porte dessa forma. Como julgar a correção da vida alheia, se eu sabidamente não a possuo?
De fato, Arthur, para mim também é mais repugnante que um professor tenha atentado contra a dignidade da docência. Com certeza, devido à repercussão do caso, o cidadão em tela deve ter posto de lado qualquer nova pretensão à docência.
Tenho minhas razões para não fazer provas orais, Fred, mas reconheço que são meios interessantes de aferir a segurança do aluno.
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