Atenção, pais, para um recém-lançado jogo para PlayStation, chamado 'Bully'. Ao entrar nas brigas propostas pelo jogo, que se passa numa escola, a criança pode acertar os colegas e os professores com tacos de beisebol. Mas isso não é tudo. Um comando permite ao protagonista Jimmi Hopkins oferecer flores a um colega alto e loiro, que responde com as seguintes frases: 'Adoro presentes. Eu sou gostoso. Você é gostoso. Vamos ficar?' Em seguida, os dois se beijam. Nos Estados Unidos, o jogo foi proibido para menores de 13 anos.
Mas agora pergunto: qual a classificação de um ser humano que engendra um jogo como esse? A que se destina a promoção de violência desmesurada e gratuita, da falta de solidariedade e respeito pelos semelhantes ou pela autoridade? E por mais que sejamos modernos e politicamente corretos quanto à homossexualidade, a que se destina promovê-la? Eu não promoveria um jogo que estimulasse a vida sexual ativa entre adolescentes, por mais heterossexual que fosse.
Para quem não sabe, o jogo em questão faz apologia de crime — o que também é crime. E mesmo que não haja condições de responsabilizar penalmente ninguém, a ausência absoluta de moralidade no jogo justifica que ele seja proscrito do mundo e seus autores severamente repreendidos.
Censura? Pode até ser. Mas o uso irracional e desmedido de um direito vira abuso e, como tal, é punível. Precisa ser.Sempre detestei jogos eletrônicos e não estou convencido de que eles sejam tão úteis ao desenvolvimento de certas habilidades na criança, tais como atenção e raciocínio — como insistem em verberar os defensores dessas porcarias —, a menos que tenham sido desenvolvidos especificamente com essa finalidade. Mas aí estaríamos falando de jogos educativos e não dos 99,9% dos jogos restantes, aí incluídos todos os famosos, que se destinam apenas a render horas intermináveis de ócio e alienação para seus consumidores — e muito dinheiro no bolso dos fabricantes e vendedores, inclusive das versões de contrafação.
Um comentário:
Isso tá cheirando a sucesso de vendas no mercado paralelo... ô povo pra gostar do que é errado!
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