Desrespeito e revanchismo — dois ingredientes cotidianos do trânsito de Belém, que assim dá renovadas mostras de ser a capital mundial do egocentrismo.
Terça-feira, 5 de janeiro de 2010, pouco depois das 14h00
O desrespeito: tráfego intenso na Antônio Baena. Poucos metros após o semáforo na esquina da Duque de Caxias, há outro, na saída da outra pista da Duque. Irritados por ter que parar em tão pequena distância, motoristas decidem avançar a todo custo e bloqueiam o cruzamento. Condutores de ônibus são os que mais apreciam fazer isso. Na primeira imagem, quem, como eu, trafegava pela Duque, mesmo diante do sinal verde, simplesmente não podia prosseguir: a via estava obstruída por veículos, inclusive ônibus em fila. Observe como alguns motoristas colam no ônibus. Dois automóveis fazem quase uma contramão, para contornar o coletivo e passar de qualquer jeito.
O revanchismo: Já que fizeram comigo, vou fazer com os outros. Quando o sinal se fecha para nós e os veículos que obstruíam o cruzamento se vão, é a vez dos motoristas da Duque de Caxias: eles avançam perigosamente, pondo em risco a si mesmos. O resultado é este:
Carros, motos e ônibus se embaralham. A passagem se torna uma questão de coragem: prossegue quem tiver mais cara dura.
Veja que o mesmo Mille branco que já perdeu a briga contra um Fit vermelho (acima) agora mede forças com um Idea prata. O motociclista, sem motivo aparente, recua, em vez de ir adiante. À esquerda, os motoristas que querem converter forçam a passagem, mesmo com o sinal fechado.
Como detalhe adicional e já previsível, nenhum agente da CTBel se encontrava no local, para ajudar a desfazer o nó.
2 comentários:
Isso é todo dia. Também passei por lá um pouco mais tarde e estava tudo travado por causa da falta de educação de alguns motoristas de ônibus. Só faltava aparecer alguém na minha frente, para ficar parado fotografando o caos, com o sinal aberto para nós. rsss...
Mas eu guardo a câmera antes de dar tempo de alguém se aborrecer comigo, Fred. Juro! Além de não querer incomodar os outros, tenho que resguardar a minha própria segurança.
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