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"O que é a música? Como defini-la? A música é uma calma noite de luar, o farfalhar das folhas das árvores no verão. A música é um longínquo carrilhão no crespúsculo! A música vem direto do coração e só fala ao coração; ela é amor! A irmã da música é a poesia e sua mãe é a tristeza!"
Sergei Rachmaninov (1873-1943), compositor russo, virtuose do piano, talvez tenha sido o último romântico dos litorais de todos os oceanos da música erudita. E aqui o termo romantismo está empregado em seu sentido artístico. Seu imenso talento foi menosprezado durante muito tempo, porque em pleno século XX compunha música com a estética e o formato das produções do século XIX. Mas o fazia com tanta alma e paixão que é impossível deixar de se apaixonar por sua linguagem.
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3 comentários:
Adoro suas postagens sobre música erudita, Yúdice. Gostei muito da sua referência a este grande compositor russo, que por sinal é um dos meus preferidos.
Há um outro filme muito interessante sobre o mesmo compositor, chamado Shine, que conta a história de um jovem na qual quase ficou louco em busca da perfeição na execução de uma das obras mais admiradas e temidas de Rachmaninov: o Concerto Nr. 3 – também conhecido como Rach 3.
Aliás, esta é a obra que mais admiro deste compositor – além de muitas outras, claro; mas esta em especial tem um toque maravilhosamente tenebroso, harmonioso e, ao mesmo tempo, melódico. Uma música de muitos acordes e notas que faz com que o pianista executor acredite veemente que possui mais de duas mãos.
Se quiser ver uma excelente interpretação desta, sugiro que procure pelo pianista Denis Matsuev. Foi a melhor interpretação que já vi desta peça, tirando a de Vladimir Horowitz.
Obrigado novamente por suas belas contribuições!
Alexandre
PS - Note, todos russos. Qualquer semelhança é mera coincidência.
Demorei muito a gostar de música clássica. Uma vez assinei (ai que vergonha de confessar isso aqui, mas eu fiz isso sim, assinei essa revista, mas juro, nunca mais nem li)Caras e ganhei uma coleção de 6 cds de música clássica.
A-do-rei!!! Meus filhos ainda eram pequenos e eu colocava e eles gostavam.
Até hoje eles curtem.
Depois de descoberta a boa música, começamos a comprar novos cds.
Aqui em Juiz de Fora, às vezes, tem concertos "de grátis" e o mais legal é que lota o teatro.
Não me recordo, Alexandre, porque não vi "Shine" no cinema, apesar de toda a minha vontade. Meu irmão, metido a crítico, viu e adorou. Por causa de Rachmaninov, o filme voltou a minha lista de pendências cinematográficas a sanar.
É uma música deliciosa, Ana. Na verdade, ela é tão variada que me impressiona ouvir alguém dizer que não gosta, assim, simplesmente por ser erudita. Bobagem. Sempre haverá um estilo para agradecer mesmo os corações empedernidos.
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