quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Qualquer trocado serve

Na faculdade, um professor-advogado nos ensinou que, no exercício da advocacia, devemos pedir. Não importa que o pleito seja infundado, ilegal, incorreto, maluco, etc. Devemos pedir. Porque se toparmos com um juiz mais doido do que nós, é possível que ele defira!
Abstraindo os aspectos éticos da situação, penso que muita gente aplica essa recomendação a sua atividade profissional. Só assim para conceber um advogado patrocinando uma causa em que a autora culpa a escola onde estudou por ter virado prostituta. Infelizmente para ela, o Judiciário holandês não encampou a tese.
Uma outra alternativa, que me parece mais plausível, é a técnica do alarde: você faz algo histriônico, absurdo, e permite que a coisa tenha a máxima publicidade. Isto para poder lucrar algum. No caso da nossa personagem, com a vendagem de seu livro. Se ele vender, claro. Afinal, não sabemos se os holandeses, assim como os brasileiros, são chegados em reminiscências das moças.

3 comentários:

Ana Miranda disse...

Eh...eh...eh...
Tem louco pra tudo nesse mundo.
Yúdice, vou te contratar para você me representar contra a classe política, pois eu estou ficando mais louca a cada dia que passa por causa deles e não é só minha saúde mental que está indo para o espaço, não. A minha saúde física também, pois é só eu ler ou ouvir sobre as falcatruas dos vermes que minha cabeça já começa a doer. Sério.

Frederico Guerreiro disse...

Ah, mas tem explicação: o Judiciário era holandês. Por aqui...

Yúdice Andrade disse...

Ana, não creio que os nossos problemas com a classe política possam ser solucionados juridicamente. Exceto, é claro, pela resolução de não eleger mais os descarados. Todavia, como eles acabariam substituídos por outro lado de verve semelhante, talvez precisemos mesmo de medidas que eu não ousaria sugerir aqui.

Fred, penso o contrário. Considerando que o Judiciário brasileiro é atrasado e moralista, já teria má vontade com o pedido de uma mulher que desse destaque ao fato de ser prostituta, mesmo que fosse uma pretensão plausível. Imagine desembargadoras defendendo publicamente os interesses de uma prostituta notória. Não ia rolar.
Aqui, ela perderia também. E por motivos provavelmente censuráveis.