Você se lembra do que fazia na noite de 13 de janeiro de 2005? Pense um pouco. Não sei você, mas eu adoro esses exercícios de revolver o passado.
Eu me recordo muitíssimo bem. Estava num casamento. Não um casamento qualquer, mas o meu próprio.
Devo esclarecer que tive dois casamentos. Coisa da mulher, é claro. Os homens, com seu senso prático, jamais teriam tanto trabalho assim por vontade própria. Casei-me a primeira vez em cerimônia religiosa, no dia 13, em Santarém, cidade natal de minha esposa. Dois dias depois, aqui em Belém, houve o casamento de verdade (Polyana detesta quando digo isto, mas assim me refiro porque é o que possui valor legal), a cerimônia civil, presidida por minha querida amiga, juíza Ana Patrícia Fernandes.
E cinco anos se passaram com uma velocidade louca. Nossa união já rendeu os seus frutos — o maior deles, é lógico, nossa garotinha, que ontem convoquei para entregar à mãe o buquê de rosas vermelhas. Vocês precisavam ver a cara dela correndo, abraçada ao buquê!
Num casamento, é assim que vamos construindo a nossa vida: valorizando as alegrias grandes e pequenas do cotidiano. Aproveitando tudo o que houver para aproveitar e extraindo o que houver de melhor dos acontecimentos. Consciente de que poderia ter feito uma escolha completamente diferente. Você nunca saberá se teria sido mais ou menos feliz. Por isso, casar-se é um mergulho de cabeça num mar desconhecido, do alto de uma pedra. É uma aventura e um risco, que só faz sentido se você estiver sereno e de boa fé. Assim estando, quando seu corpo mergulhar no mar e for dominado pela sensação de prazer, você ficará feliz por ter mergulhado. Ficará feliz com a sua escolha. Não importa a miríade de outras coisas boas que existem no mundo: você está feliz.
E assim terá valido a pena. Tudo.
14 comentários:
Uau!!!!!! Que lindo!!!!!
Parabéns à Pollyana e a você, e que daqui a 50 anos, você esteja assim, cheio de paixão, pedindo aos seus netos para entregarem rosas vermelhas à Pollyana.
Qto ao tempo voar, é mais pura realidade.
Em março faço 29 anos de casada. Parece realmente que foi ontem...
Yúdice , sabe o que eu quero pra vcs neste dia e em todos os outros???????????
Muita mas muita felicidade mesmo.
Abraços
Viva Julinha.
Tadeu
Meus queridos, muito obrigado. Sempre digo que boa parte de nossa felicidade é assegurada pelas pessoas ao nosso redor, que nos tratam com tanto carinho. Isso inclui os amigos virtuais.
Amigo, parabéns. Tenho o dobro de tempo de casado que tu e posso te assegurar que a cada ano que passa é mais gostoso estar casado.
Abração pra ti e pra Polyana. Beijão na Julinha.
Parabéns, meu amigo.
Eu me lembro do texto que escreveste comentando a primeira década juntos, Francisco. Eu chego lá, se Deus quiser. Um abraço enorme em ti e outro na Teuly.
Muito obrigado, Liandro.
Yúdice, felicidades aos três, neste dia memorável!
Quer dizer que o "casamento religioso" foi apenas fingimento?
Tua mulher deve ter um troço quando ouve falar nisso.
Qual é a noiva que não gosta de entrar na igreja etc.
No mínimo, você é um ingrato e mal educado com a tua ex-noiva, atual esposa, convidados, padre e o escambau.
Estou pasma!!!
Ninguém merece.
Meus parabéns, meu querido amigo!
Alexandre
Yúdice,
Eu como nunca fui muito convencional resolvi há 10 anos que viveria com um homem que há época estava apaixonadíssima...até hoje não "regularizamos" nossa situação em compensação a experiência do conviver, do compartilhar, do sofrer e do amar foi e está sendo deliciosa e eu continuo apostando sempre no amor e no respeito.
Desejo felicidades ao casal e que sigam firmes no propósito de amar e educar a Júlia neste nosso louco mundo de hoje...
Ah...nao lembro do que estava fazendo há cinco anos no dia 13 de janeiro de 2005, teria que ver minha agenda daquele ano,
E confesso que guardo os diários e agendas desde que tinha 13 anos, mas que estão tão guardadinhas e lacradas que ainda não as abri, mas agora fiquei curiosa.
bjs e felicidades,
Anna Lins
Nos dois dias, Lafa! O segundo é hoje.
Agradecido, Alexandre.
Anna, quem foi que disse que existe um modo correto de formar uma família? O que importa é estares feliz, não?
Também guardo um monte de agendas antigas. Como me mudei, não sei bem onde estão, mas me movo pela mesma ideia de ser possível resgatar esse passado. Isso me diverte.
Anônima, o que ninguém merece é uma criatura idiota da sua laia enchendo o saco. Aliás, você nem deve ser mulher. Deve ser aquela trágica criatura que tem obsessão por mim.
Não perca o seu tempo. Minha esposa e meus convidados continuam felizes comigo. Quanto ao padre, não ligo a mínima para ele. E quanto ao escambau, você sabe o que fazer com ele.
Yúdice,
A nossa sociedade nos impõe vários padrões, dentre eles, o do comportamento masculino, como se, mesmo diante da complexidade humana, todos os homens tivessem por obrigação ser iguais!
E, por mais que a gente lute para romper tais padrões, há coisas que são mais difíceis de vencer do que se pensa. Tanto é que, por muito tempo, tive vc como um homem com alma feminina! Veja bem, é como se a sensibilidade não pudesse fazer parte das características de um homem...
Hoje evito essa expressão, graças a Deus!
Mas, enfim, com esse blá, blá, blá, quero não apenas parabenizar vcs pelos anos de união, mas dizer que a Polyana tem muita sorte por contar com um cara bacana como vc, que se importa com as coisas que realmente são valiosas nessa vida!
E mais: expõe isso de uma forma linda!
Abraços!!!
Muitos caras iam querer te bater por essa coisa de "alma feminina", mas sempre achei que isso era coisa de quem sofria de problemas de autoafirmação. Da minha parte, compreendo e agradeço pela avaliação tão generosa.
Fazendo uma reflexão, acho que a ideia era mais justa antigamente. Hoje, reconheço, estou mais embrutecido. Minha alma está mais masculina. Bem mais do que na época em que convivemos na UFPA. Mas uma leveza originária continua por aqui e realmente não pretendo perdê-la.
Abraços.
Que bom que tem valido a pena. Feliz casamento pra n´s. Te amo.
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