domingo, 17 de maio de 2009

Conversando sobre educação

Manhã de sábado, ontem, eu e minha esposa nos dirigimos ao nosso local de trabalho. Não lecionamos aos sábados, mas ontem tínhamos um compromisso especial. Como parte do programa de formação continuada de seus professores, o CESUPA, por meio de sua Coordenadoria de Graduação, realizou um seminário no qual quatro integrantes de seu corpo docente apresentaram relatos de experiências, nos campos da metodologia de ensino e da avaliação.

Representando a área de Ciências Exatas e Tecnologia, Polyana explicou o seu interessantíssimo programa de tutoria, por meio do qual pretende recuperar alunos que tiveram baixo desempenho na primeira avaliação. O "interessantíssimo" não é empolgação de marido, mas reflexo das reuniões que os colegas tiveram após a exposição.

Por meu turno, expliquei três procedimentos que venho adotando na avaliação de meus alunos, fundado no conceito-base de transparência: o aluno precisa saber por que lhe foi pedida a tarefa, que conteúdos e habilidades se pretende testar com base na atividade e quais as critérios de correção.

Apesar de óbvio, é duro admitir que ainda é muito frequente os colegas passarem ao largo desse compromisso, pedindo trabalhos desmotivados, só para fracionar a nota bimestral. Sem a compreensão da importância da tarefa, os alunos (salvo os responsáveis) fazem qualquer coisa e, a meu ver, não podem ser recriminados por isso. Mas, bem entendido, minha exposição não tinha esse caráter genérico aqui enunciado, e sim se destinou a apresentar três estratégias específicas de avaliação, voltadas a otimizar a interação com o alunado.

Foi uma manhã produtiva, certamente muito bem aproveitada por quem se preocupou em ocupar parte do seu sábado com o objetivo de nunca esquecer de que podemos, sempre podemos, melhorar como educadores.

2 comentários:

Tânia Monteiro disse...

Parabéns por essa sua preocupação com a avaliação e o conteúdo levados aos alunos. Já é hora de sair desse ensino do nada para lugar nenhum que acontece em muitas instituições de ensino.

Yúdice Andrade disse...

Com certeza, Tânia. Mas embora seja muito legal quando alguém decide agir assim individualmente, bom mesmo é quando a instituição dá suporte a essas iniciativas, daí a minha satisfação em ter participado do evento.
Imagino que você também seja professora.
Um abraço.